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Privatização faz de Eletrobras e Sabesp estrelas emergentes

Investidores aguardam as promessas de privatizações das duas companhias

ENERGIA: com a notícia da suspensão da liminar, as ações da Eletrobras registraram as maiores altas do dia no Ibovespa / REUTERS | Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

ENERGIA: com a notícia da suspensão da liminar, as ações da Eletrobras registraram as maiores altas do dia no Ibovespa / REUTERS | Ueslei Marcelino (Ueslei Marcelino/Reuters)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 2 de maio de 2019 às 16h17.

(Bloomberg) -- Bastou uma promessa de privatização para que Eletrobras e Sabesp liderassem os ganhos entre ações de empresas de água e energia em mercados emergentes este ano -- ainda que pouco se tenha avançado para colocar o plano em prática.

O caso da Eletrobras é conhecido desde o governo Michel Temer, em um processo que envolve também a venda de subsidiárias. Já a Sabesp, apesar de ser uma empresa controlada pelo estado de São Paulo, também depende da boa vontade federal, pois o governo João Doria aguarda a tramitação do novo marco regulatório do setor de saneamento no Congresso para decidir o que fazer com a concessionária.

Desde janeiro, ações da Sabesp subiram 47,6 por cento em dólar, o melhor desempenho do MSCI Emerging Markets Utilities Index. A Eletrobras vem em quarto lugar no ranking, com alta de 31,2 por cento. O índice registra elevação de 3 por cento no período.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, no entanto, afirmou em evento em Washington no mês passado que é improvável que a Eletrobras seja privatizada ainda este ano. A situação da Sabesp não é muito mais clara. O secretário estadual da Fazenda, Henrique Meirelles, disse em evento em 24 de abril que não há garantia de que o processo se encerre este ano. A cautela de ambos, porém, não parece afetar o otimismo do mercado em relação às empresas.

"Até agora, há mais ruído em torno do assunto do que as mudanças reais na linha principal de políticas favoráveis ​​ao mercado", diz Frederico Sampaio, diretor de investimentos de renda variável da Franklin Templeton no Brasil, que tem aproximadamente R$ 10 bilhões em ações no país. "Enquanto a atual equipe econômica estiver aí, há razão para acreditar que as privatizações vão ocorrer".

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