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Pressionada por NY, Bovespa inicia semana com perdas

A continuidade do impasse fiscal nos Estados Unidos desanima os investidores


	Trader trabalha na Bolsa de Valores de São Paulo: às 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 53.023,48 pontos, na pontuação mínima do dia
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Trader trabalha na Bolsa de Valores de São Paulo: às 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 53.023,48 pontos, na pontuação mínima do dia (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 10h49.

São Paulo - A segunda-feira começou conturbada para a Bovespa, diante da continuidade do impasse fiscal nos Estados Unidos neste 14º dia de paralisação do governo Obama e na reta final para que o endividamento norte-americano estoure o limite. Além disso, dados mistos sobre a economia chinesa devem agitar os negócios locais, com os investidores fazendo os últimos ajustes antes do vencimento de quarta-feira. Às 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 53.023,48 pontos, na pontuação mínima do dia.

No horário acima, em Wall Street, o futuro do S&P 500 tombava 0,77%, uma vez que o Congresso dos EUA não avançou nas negociações entre republicanos e democratas durante o fim de semana, adentrando a administração federal na terceira semana de paralisação, em contagem regressiva para evitar um calote - o que precisa ser feito até esta quinta-feira (dia 17). Agora, o foco está concentrado no Senado e as discussões são comandas pelo líder da maioria na Casa, o democrata Harry Reid, e o líder da minoria, o republicano Mitch McConnell, e a tarefa é encontrar um acordo bipartidário.

Na expectativa pelo desfecho, as principais bolsas europeias oscilam na linha d'água, recebendo suporte na alta da produção industrial na zona do euro acima do esperado em agosto (+1,0% ante julho) e no ritmo mais rápido em dois anos. Já na Ásia, o destaque ficou para o avanço de 0,4% da Bolsa de Xangai, alcançando o nível mais alto desde meados de setembro.

O mercado acionário chinês foi influenciado por uma série de indicadores econômicos anunciados no fim de semana, que apontaram para leituras mistas. O superávit comercial da China, por exemplo, caiu para US$ 15,2 bilhões em setembro, de US$ 28,52 bilhões em agosto, ficando abaixo da estimativa de saldo positivo em US$ 27 bilhões.

Em base anual, as exportações caíram 0,3%, no pior desempenho em três meses, em um sinal de fraca demanda global, ao passo que as importações avançaram 7,4%, mostrando que o consumo chinês segue forte. As expectativas eram de altas de 5,5% e de 6,75%, respectivamente. Entre as commodities, os metais básicos avançam, ao passo que o petróleo recua. Do lado da inflação, o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês subiu 3,1% no mês passado, ante um ano atrás, em um ritmo mais acelerado que em agosto e que ultrapassou a marca de 3% pela primeira vez desde fevereiro, superando a previsão de +2,9%.

Portanto, é preciso ficar atento ao comportamento da Vale hoje. Além disso, a mineradora deve, juntamente com as ações da Petrobras, sofrer influência da disputa entre "comprados" e "vendidos" às vésperas do vencimento de índice futuro e de opções sobre índice futuro, que acontece no dia 16.

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