Mercados

Pressionada por commodities, Bovespa fecha em baixa de 1,33%

No começo da sessão, índice chegou a esboçar alta, refletindo otimismo com a votação que resultou na continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma


	Bolsas: no começo da sessão, índice chegou a esboçar alta, refletindo otimismo com a votação que resultou na continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma
 (Thinkstock)

Bolsas: no começo da sessão, índice chegou a esboçar alta, refletindo otimismo com a votação que resultou na continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma (Thinkstock)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 18h50.

São Paulo - O principal índice da Bovespa caiu nesta quarta-feira, afetado pelo forte recuo das ações de empresas de petróleo e metais, e refletindo a influência levemente negativa de Wall Street.

O Ibovespa caiu 1,33 por cento, a 56.919 pontos. O giro financeiro da sessão somou 6,4 bilhões de reais.

No começo da sessão, o índice chegou a esboçar alta, refletindo otimismo do mercado com a votação no Senado que resultou na continuidade do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Mas esse movimento não se sustentou, em parte devido a operações de realização de lucros, após o índice ter enfileirado oito semanas consecutivas de ganhos.

Além disso, a Câmara aprovou o projeto de renegociação da dívida dos Estados com a União, mas excluiu pontos como o congelamento dos salários de servidores das contrapartidas dos Estados. "A decisão foi vista como derrota do (ministro da Fazenda, Henrique) Meirelles, embora haja espaço para que seja considerada erro tático", disse em relatório a equipe de analistas da Fator Corretora.

No exterior, as bolsas de Nova York fecharam em leve queda, mostrando perda de fôlego após atingir máximas históricas, movimento acentuado pela queda dos preços do petróleo.

Vale perdeu 3,7 por cento nas preferenciais e 4,74 por cento nas ordinárias, pior desempenho do Ibovespa, em dia de queda do contrato futuro do minério de ferro na China.

Petrobras, refletindo a queda dos preços internacionais do petróleo, fechou em queda de 2,7 por cento nas preferenciais e 3,8 por cento nas ordinárias.

Gerdau foi exceção ao cenário negativo do setor de metais, com ganho de 3,12 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, após divulgar lucro no segundo trimestre de 184 milhões de reais. O resultado foi 30,6 por cento inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, mas 13 vezes superior ao resultado positivo de 14 milhões de reais nos primerios três meses do ano. Além disso, a empresa divulgou queda na relação dívida líquida/Ebitda.

Cyrela perdeu 3,9 por cento após divulgar queda de 62 por cento no lucro do segundo trimestre contra um ano antes, em meio ao cenário prolongado de forte queda nas vendas.

Analistas do BTG Pactual afirmaram que o lucro da companhia foi fraco, mas veio dentro do esperado. O mesmo não valeu para a queima de caixa, pior que o previsto.[nL1N1AQ20I]

Embraer subiu 0,14 por cento, recuperando-se no final. A fabricante de jatos anunciou que foi aberta uma abertura de ação coletiva contra ela num tribunal federal nos EUA, e acrescentou que pretende se defender no momento oportuno.

BTG Pactual, fora do Ibovespa, caiu 0,4 por cento. A instituição financeira teve queda de 8 por cento no lucro de abril a junho ante mesma etapa de 2015, com um forte aumento das despesas operacionais.

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3bolsas-de-valoresCommoditiesDilma RousseffPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Mercados

Ações da Tesla caem no aftermarket após queda de 45% no lucro do 2º tri

Biden sai e Kamala entra? Como o turbilhão nos EUA impacta as ações americanas, segundo o BTG

Por que Mohamed El-Erian, guru de Wall Street, está otimista com o cenário econômico

Ibovespa fecha em queda de 1% pressionado por Vale (VALE3)

Mais na Exame