Parceria garante prêmio de títulos da OSX sobre OGX
O acordo de Eike Batista com a petrolífera estatal da Malásia Petronas está tranquilizando os investidores de que a OSX vai continuar com negócios mesmo com derrocada da OGX
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 12h18.
São Paulo – Os títulos da OSX são negociados com prêmio recorde sobre papéis da OGX, enquanto negócio com a Petronas Nasional Bhd eleva especulação de que o estaleiro pode sobreviver a um colapso do império de commodities de Eike Batista.
A diferença entre os US$ 500 milhões em títulos da OSX com vencimento em 2015, garantidos por uma plataforma de petróleo, e os US$ 2,6 bilhões em dívida sem garantia da OGX com vencimento em 2018 aumentou da mínima de US$ 0,069 em janeiro para US$ 0,55 na semana passada.
Embora o custo de crédito da OSX tenha triplicado para 21% nos últimos 6 meses, os yields da OGX quintuplicaram, chegando a um recorde de 45% - quatro vezes acima da média para bônus com vencimento semelhante com o mesmo rating CCC+ da OGX.
A parceria de Batista com a petrolífera estatal da Malásia Petronas está tranquilizando os investidores de que a OSX vai continuar com negócios mesmo com derrocada da OGX, segundo Revisson Bonfim, analista de renda fixa do Banco Espírito Santo. A Petronas provavelmente assumiria o contrato para produção da plataforma da OSX no caso de um colapso da OGX, disse Bonfim.
A Petronas aceitou adquirir uma participação de 40 por cento em Tubarão Martelo, um dos campos petrolíferos de Batista no sudeste do Brasil. A companhia realizará a maior parte dos pagamentos para a OGX após o começo da produção. A OSX fornece o navio de produção petrolífero para o projeto através de um contrato com a OGX.
‘Relativamente bem’
O navio, chamado OSX-3, tem sua saída programada do estaleiro de Cingapura no final do mês e também contribui para sustentar os títulos da companhia, pois constitui garantia em caso de inadimplência.
A torre de perfuração tem valor de aproximadamente US$ 1 bilhão, o dobro do valor nominal dos bônus, disse Ray Zucaro, money manager que ajuda a supervisionar US$ 325 milhões em dívida de mercados emergentes na SW Asset Management.
Além dessa garantia, os investidores em bônus da OSX podem exigir sua amortização caso o cliente principal da companhia, a OGX, declare falência, conforme se explica em um documento da OSX.
Dívida em alta
A dívida da OSX aumentou mais de sete vezes nos três anos finalizados no primeiro trimestre, chegando a R$ 5,4 bilhões, pelos seus esforços para ajudar a OGX a aumentar a produção.
A receita gerada pelas operações existentes não foi suficiente para que a companhia cumprisse o pagamento de empréstimos. Na semana passada, ela teve que reprogramar parte de um pagamento de US$ 125 milhões ao Banco Itaú BBA SA.
"Parte da rotina de gestão financeira da companhia inclui avaliar dívidas no curto prazo cujos pagamentos programados foram em parte cumpridos e em parte adiados", disse a OSX em resposta por e-mail em 21 de junho.
Em maio, a OSX disse que revisaria seus planos de negócios e adiaria a construção de um estaleiro. Na semana passada, um juiz ordenou que a companhia recontratasse 300 trabalhadores que tinham sido demitidos para reduzir custos.
O custo da recontratação e de iniciar as operações do OSX-3 implicam que os investidores estão superestimando o valor dos bônus da companhia, afirma Sarah Leshner, analista de dívida corporativa latino-americana no HSBC Holdings Plc em Nova York.
A Modec Inc., construtora do navio, com sede em Tóquio, informou em 18 de junho que o OSX-3 chegará a Tubarão Martelo no terceiro trimestre e começará a extrair petróleo bruto antes do final do ano.
"Com o novo parceiro para o projeto de Tubarão Martelo é mais provável que o navio continue a ser usado lá", disse Bonfim.
A OSX não quis comentar o desempenho de seus títulos enquanto a OGX não respondeu a e-mails e telefonemas pedindo comentários sobre seus títulos.
São Paulo – Os títulos da OSX são negociados com prêmio recorde sobre papéis da OGX, enquanto negócio com a Petronas Nasional Bhd eleva especulação de que o estaleiro pode sobreviver a um colapso do império de commodities de Eike Batista.
A diferença entre os US$ 500 milhões em títulos da OSX com vencimento em 2015, garantidos por uma plataforma de petróleo, e os US$ 2,6 bilhões em dívida sem garantia da OGX com vencimento em 2018 aumentou da mínima de US$ 0,069 em janeiro para US$ 0,55 na semana passada.
Embora o custo de crédito da OSX tenha triplicado para 21% nos últimos 6 meses, os yields da OGX quintuplicaram, chegando a um recorde de 45% - quatro vezes acima da média para bônus com vencimento semelhante com o mesmo rating CCC+ da OGX.
A parceria de Batista com a petrolífera estatal da Malásia Petronas está tranquilizando os investidores de que a OSX vai continuar com negócios mesmo com derrocada da OGX, segundo Revisson Bonfim, analista de renda fixa do Banco Espírito Santo. A Petronas provavelmente assumiria o contrato para produção da plataforma da OSX no caso de um colapso da OGX, disse Bonfim.
A Petronas aceitou adquirir uma participação de 40 por cento em Tubarão Martelo, um dos campos petrolíferos de Batista no sudeste do Brasil. A companhia realizará a maior parte dos pagamentos para a OGX após o começo da produção. A OSX fornece o navio de produção petrolífero para o projeto através de um contrato com a OGX.
‘Relativamente bem’
O navio, chamado OSX-3, tem sua saída programada do estaleiro de Cingapura no final do mês e também contribui para sustentar os títulos da companhia, pois constitui garantia em caso de inadimplência.
A torre de perfuração tem valor de aproximadamente US$ 1 bilhão, o dobro do valor nominal dos bônus, disse Ray Zucaro, money manager que ajuda a supervisionar US$ 325 milhões em dívida de mercados emergentes na SW Asset Management.
Além dessa garantia, os investidores em bônus da OSX podem exigir sua amortização caso o cliente principal da companhia, a OGX, declare falência, conforme se explica em um documento da OSX.
Dívida em alta
A dívida da OSX aumentou mais de sete vezes nos três anos finalizados no primeiro trimestre, chegando a R$ 5,4 bilhões, pelos seus esforços para ajudar a OGX a aumentar a produção.
A receita gerada pelas operações existentes não foi suficiente para que a companhia cumprisse o pagamento de empréstimos. Na semana passada, ela teve que reprogramar parte de um pagamento de US$ 125 milhões ao Banco Itaú BBA SA.
"Parte da rotina de gestão financeira da companhia inclui avaliar dívidas no curto prazo cujos pagamentos programados foram em parte cumpridos e em parte adiados", disse a OSX em resposta por e-mail em 21 de junho.
Em maio, a OSX disse que revisaria seus planos de negócios e adiaria a construção de um estaleiro. Na semana passada, um juiz ordenou que a companhia recontratasse 300 trabalhadores que tinham sido demitidos para reduzir custos.
O custo da recontratação e de iniciar as operações do OSX-3 implicam que os investidores estão superestimando o valor dos bônus da companhia, afirma Sarah Leshner, analista de dívida corporativa latino-americana no HSBC Holdings Plc em Nova York.
A Modec Inc., construtora do navio, com sede em Tóquio, informou em 18 de junho que o OSX-3 chegará a Tubarão Martelo no terceiro trimestre e começará a extrair petróleo bruto antes do final do ano.
"Com o novo parceiro para o projeto de Tubarão Martelo é mais provável que o navio continue a ser usado lá", disse Bonfim.
A OSX não quis comentar o desempenho de seus títulos enquanto a OGX não respondeu a e-mails e telefonemas pedindo comentários sobre seus títulos.