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Portugal Telecom não usará golden share contra oferta

Madri - A golden share (quantidade de ações que permanecem como propriedade do governo, que lhe permitem votar matérias de interesse estratégico e permitem o poder de veto) que o governo português detém na Portugal Telecom não será usada para bloquear a oferta da espanhola Telefónica pela participação da companhia na Vivo, disse o executivo-chefe […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Madri - A golden share (quantidade de ações que permanecem como propriedade do governo, que lhe permitem votar matérias de interesse estratégico e permitem o poder de veto) que o governo português detém na Portugal Telecom não será usada para bloquear a oferta da espanhola Telefónica pela participação da companhia na Vivo, disse o executivo-chefe da PT, Zeinal Bava. "Esta não é uma questão de golden share", afirmou o executivo em uma apresentação para investidores ontem.

O governo português detém diretos de voto "golden share" na Portugal Telecom pelos quais pode obter autoridade para bloquear o acordo, mas a Comissão Europeia tem insistido que a "golden share" viola as regras do mercado único da União Europeia. A Telefónica elevou na semana passada para 6,5 bilhões de euros sua oferta pela participação da Portugal Telecom na Brasilcel, holding que controla a Vivo no Brasil. A primeira oferta tinha sido de 5,7 bilhões de euros.

Bava acrescentou na apresentação que a oferta melhorada não representa ainda o "valor estratégico" da Vivo e o potencial de crescimento do mercado de telecomunicações brasileiro. A Vivo é considerada estratégica pela Telefónica e pela PT, que enfrentam uma estagnação de receitas nos mercados maduros da Europa, o que posiciona o Brasil como sua principal plataforma de crescimento.

Bava afirmou também que não se deve dar "nenhuma consideração" às ameaças feitas pela Telefónica no mês passado de bloquear a distribuição de dividendos da Brasilcel, caso a empresa portuguesa não venda sua participação na Vivo. A Portugal Telecom convocou uma reunião de acionistas para o dia 30 de junho para permitir que eles votassem se a companhia deveria aceitar ou rejeitar a oferta da Telefónica.

A PT afirmou que, se decidir vender sua participação na Vivo, o dinheiro pago pela participação será utilizado para "investimentos futuros, financiamento de despesas de capital, pagamento da dívida existente, recompra de ações e distribuição aos acionistas." As informações são da Dow Jones.

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