Portugal Telecom deve ter resultado melhor em 2014
Resultados darão margem para a empresa reduzir seu elevado endividamento e apoiar um eventual aumento de capital na Oi
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2013 às 13h17.
Lisboa - A Portugal Telecom deverá melhorar resultados operacionais em Portugal a partir de 2014, o que dará margem para a empresa reduzir seu elevado endividamento e apoiar um eventual aumento de capital na Oi, segundo relatório do banco de investimento Espírito Santo, que reiterou a recomendação de "compra" sobre a empresa.
Os analistas do banco cortaram o preço-alvo da Portugal Telecom de 4,7 para 3,9 euros, devido a uma redução de estimativas de desempenho, mas salientaram que ainda enxergam um potencial de valorização de 20 por cento ante a cotação atual de 3,21 euros na NYSE Euronext Lisbon.
"Operacionalmente, esperamos que o Ebitda doméstico da Portugal Telecom volte a crescer em 2014 e, quanto à Oi, estamos agora mais confiantes quanto à sua recuperação devido às mudanças na gestão", afirmaram os analistas do banco no relatório.
Segundo os analistas, a diferença de 30 por cento da ação da Portugal Telecom frente ao índice de telecomunicações da Europa é excessiva.
"Segundo as nossas previsões, o fluxo de caixa doméstico deverá melhorar materialmente nos próximos anos", disseram os analistas no relatório, citando três fatores cruciais.
O primeiro será o aumento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da operação doméstica, após uma contração acumulada de 21 por cento entre 2010 e 2013, devido à profunda recessão portuguesa e aos elevados investimentos no serviço de TV paga MEO e na rede de fibra ótica da empresa.
O segundo fator citado pelo banco está na redução significativa do investimento, devido à conclusão da rede de fibra ótica do grupo, que foi necessária para o lançamento e massificação do serviço triplo -- telefone fixo, Internet e televisão -- MEO, desde 2009.
O Espírito Santo acrescentou que o terceiro fator favorável é o recentemente anunciado corte do generoso dividendo anual do grupo, que permitirá uma poupança de 200 milhões de euros por ano.
AUMENTO CAPITAL NA OI O Espírito Santo referiu que o recente corte de dividendos da Oi torna mais provável um eventual aumento de capital na holding Telemar, onde a Portugal Telecom terá de participar, ao lado dos acionistas brasileiros, com um investimento de 179 milhões de euros.
"De acordo com as nossas estimativas, uma injeção de 2 bilhões de reais deveria permitir ao balanço da Telemar ajustar-se à revisão da política de dividendos da Oi", disseram os analistas.
A Oi anunciou em meados de agosto substituição de plano de distribuição de 8 bilhões de reais entre 2011 e 2014 por uma estimativa de pagamentos anuais de 500 milhões de reais entre 2013 e 2016, com chance de ficar abaixo desse montante. .
A Portugal Telecom tem fatia de 25 por cento na Oi, detida através de participações direta e indireta na Telemar.
Lisboa - A Portugal Telecom deverá melhorar resultados operacionais em Portugal a partir de 2014, o que dará margem para a empresa reduzir seu elevado endividamento e apoiar um eventual aumento de capital na Oi, segundo relatório do banco de investimento Espírito Santo, que reiterou a recomendação de "compra" sobre a empresa.
Os analistas do banco cortaram o preço-alvo da Portugal Telecom de 4,7 para 3,9 euros, devido a uma redução de estimativas de desempenho, mas salientaram que ainda enxergam um potencial de valorização de 20 por cento ante a cotação atual de 3,21 euros na NYSE Euronext Lisbon.
"Operacionalmente, esperamos que o Ebitda doméstico da Portugal Telecom volte a crescer em 2014 e, quanto à Oi, estamos agora mais confiantes quanto à sua recuperação devido às mudanças na gestão", afirmaram os analistas do banco no relatório.
Segundo os analistas, a diferença de 30 por cento da ação da Portugal Telecom frente ao índice de telecomunicações da Europa é excessiva.
"Segundo as nossas previsões, o fluxo de caixa doméstico deverá melhorar materialmente nos próximos anos", disseram os analistas no relatório, citando três fatores cruciais.
O primeiro será o aumento no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da operação doméstica, após uma contração acumulada de 21 por cento entre 2010 e 2013, devido à profunda recessão portuguesa e aos elevados investimentos no serviço de TV paga MEO e na rede de fibra ótica da empresa.
O segundo fator citado pelo banco está na redução significativa do investimento, devido à conclusão da rede de fibra ótica do grupo, que foi necessária para o lançamento e massificação do serviço triplo -- telefone fixo, Internet e televisão -- MEO, desde 2009.
O Espírito Santo acrescentou que o terceiro fator favorável é o recentemente anunciado corte do generoso dividendo anual do grupo, que permitirá uma poupança de 200 milhões de euros por ano.
AUMENTO CAPITAL NA OI O Espírito Santo referiu que o recente corte de dividendos da Oi torna mais provável um eventual aumento de capital na holding Telemar, onde a Portugal Telecom terá de participar, ao lado dos acionistas brasileiros, com um investimento de 179 milhões de euros.
"De acordo com as nossas estimativas, uma injeção de 2 bilhões de reais deveria permitir ao balanço da Telemar ajustar-se à revisão da política de dividendos da Oi", disseram os analistas.
A Oi anunciou em meados de agosto substituição de plano de distribuição de 8 bilhões de reais entre 2011 e 2014 por uma estimativa de pagamentos anuais de 500 milhões de reais entre 2013 e 2016, com chance de ficar abaixo desse montante. .
A Portugal Telecom tem fatia de 25 por cento na Oi, detida através de participações direta e indireta na Telemar.