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Por que mineradores chineses de Bitcoin estão indo para a Etiópia?

País africano permite a mineração de Bitcoin desde 2022, e tem os preços de eletricidade mais baixos do mundo

Empresas chinesas foram expulsos depois que o país proibiu a mineração da criptomoeda (Reprodução/Reprodução)

Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 06h16.

Há dois anos,desde que foram expulsos por Pequim, mineradores chineses de Bitcoin buscam uma país com energia barata e regulamentação amigável para continuar seus negócios. Eles parecem ter encontrado um novo lar: a Etiópia. As informações são da Bloomberg.

O país africano permite a mineração de Bitcoin desde 2022, e tem os preços de eletricidade mais baixos do mundo. A Etiópia, no entanto, proíbe a negociação de criptomoedas, e tem um cenário político instável, tendo emergido de uma guerra há apenas dois anos.

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Mas seus laços com os chineses se fortaleceram ao longo da última década, e várias empresas chinesas ajudaram a construir a barragem de US$ 4,8 bilhões (S$6,5 bilhões) da qual os mineradores planejam obter sua energia. Enquanto isso, quase metade da população etíope vive sem acesso à eletricidade.

A Etiópia já se tornou um dos maiores receptores mundiais de máquinas de mineração de Bitcoin, de acordo com uma estimativa do provedor de serviços de mineração Luxor Technology. O monopólio estatal de energia do país diz ter feito acordos de fornecimento de energia com 21 mineradores de Bitcoin. Todos, exceto dois deles, são chineses.

Energia

As mudanças climáticas e a escassez de energia fazem com que muitos países rejeitem o mercado de mineração, estimado em US$ 16 bilhões por ano (ao preço atual do Bitcoin). Uma sucessão de países, como Cazaquistão e Irã, inicialmente abraçaram a mineração de Bitcoin, mas desistiram da ideia depois do descontentamento doméstico. O reinado da China como epicentro da mineração de Bitcoin chegou a um fim abrupto em 2021, quando o governo a proibiu. Dezenas de empresas foram forçadas a sair.

As empresas desempenham um papel crucial na manutenção da rede Bitcoin, usando computadores poderosos (ou "rigs" no jargão do setor) para resolver quebra-cabeças matemáticos e validar transações criptografadas na blockchain. Em troca, recebem recompensas em Bitcoin liberadas pela rede.

Os rigs consomem vastas quantidades de energia, então o acesso a eletricidade barata é uma vantagem crítica. A mineração de Bitcoin consumiu 121 terawatt-horas de energia em 2023, estima o Centro de Finanças Alternativas de Cambridge - semelhante ao uso da Argentina. A mineração de Bitcoin é cada vez mais vista como uma contribuinte para o aquecimento global que não serve a nenhum propósito produtivo.

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