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Por que as ações da Tesla têm a maior alta dos últimos 11 anos

Balanço do terceiro trimestre apresentado por Elon Musk deixa investidores animados sobre o futuro da empresa

Elon Musk, CEO da Tesla: ações têm a maior alta em 11 anos (AFP/AFP)

Publicado em 24 de outubro de 2024 às 16h56.

Última atualização em 24 de outubro de 2024 às 16h56.

As ações da Tesla dispararam 21% no pregão desta quinta-feira, 24, com investidores comemorando o resultado do terceiro trimestre da companhia, divulgado na noite anterior. Essa é a maior alta dos últimos onze anos.

A receita da empresa totalizou US$ 25,18 bilhões no período, cerca de 1% abaixo do consenso de mercado. No entanto, a margem bruta superou as expectativas, atingindo 19,8% em comparação aos 16,8% projetados. O lucro foi de US$ 0,72 por ação, 20% acima das estimativas dos analistas.

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Dan Ives, um dos analistas de Wall Street mais otimistas em relação à Tesla, classificou o resultado como um "presente de Natal antecipado para os investidores".

A melhoria na margem, tão celebrada pelo mercado, foi possível graças à redução no custo de produção dos veículos, que caiu para o menor nível da história, aproximando-se de US$ 35.100.

Os números mais fortes foram divulgados em um momento crítico para a empresa de Elon Musk, que vinha enfrentando questionamentos sobre sua competitividade de preços em relação às montadoras chinesas.

No trimestre, a Tesla entregou 462.890 veículos, sendo 439.975 Model 3 e Model Y, e 22.915 veículos entre Model S, Model X e Cybertrucks.

Embora as entregas tenham ficado levemente abaixo das expectativas, o que anima os investidores é a perspectiva de resultados mais robustos, à medida que a companhia melhora suas margens. Elon Musk espera que a Tesla aumente suas vendas de veículos entre 20% e 30% no próximo ano.

Novo capítulo na Tesla?

"O novo capítulo (e livro) de crescimento, margens e um futuro autônomo será o foco do mercado em relação à Tesla após o trimestre", afirmou Dan Ives em uma rede social.

Além dos custos menores, a melhora na margem da Tesla foi impulsionada pelos créditos regulatórios automotivos, que adicionaram US$ 739 milhões à receita da companhia. Esses créditos são vendidos para outras montadoras que precisam atender às normas de emissões.

Analistas destacaram que os créditos regulatórios continuam sendo uma fonte importante de receita para a Tesla, contribuindo para suas margens robustas.

Apesar da valorização, as ações da Tesla ainda acumulam uma queda de cerca de 35% desde as máximas de novembro. Gene Munster, sócio-gerente da Deepwater Asset Management, afirmou ao Business Insider que este foi um "resultado raro nos últimos seis trimestres, com boas notícias em todos os aspectos". Segundo ele, a reação do mercado nesta quinta-feira apenas reforça o foco dos analistas no curto prazo.

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