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Por BCE, bolsas da Europa fecham em alta

Os ganhos, porém, foram limitados pela pressão dos mercados de ações de Nova York


	Bolsa de Milão: nela, os bancos tiveram a melhor performance
 (REUTERS/Alessandro Garofalo)

Bolsa de Milão: nela, os bancos tiveram a melhor performance (REUTERS/Alessandro Garofalo)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2014 às 15h48.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, 28, impulsionadas pela expectativa de que Banco Central Europeu (BCE) anunciará novas medidas de estímulo à economia na semana que vem.

Entretanto, os ganhos foram limitados pela pressão dos mercados de ações de Nova York. O índice Stock 600 caiu 0,05%, para 344,29 pontos.

A perspectiva de que o BCE voltará a dar estímulos na reunião de política monetária do próximo dia 5 foi corroborada por dados fracos da zona do euro.

A base monetária do bloco, por exemplo, subiu 0,8% em abril, ante igual mês do ano passado, abaixo da previsão de acréscimo de 1,1% e bem inferior ao crescimento histórico de referência, de 4,5%.

"Não há dúvida de que os investidores estão apostando na expectativa de que o presidente do BCE Mario Draghi irá iniciar algum tipo de ajuda", para apoiar o crescimento econômico regional e a luta contra os baixos níveis de inflação, afirmou Naeem Aslam, analista-chefe de mercado da Ava Trade, em nota.

O analista salientou, entretanto, que a possibilidade de nenhuma ação por parte da instituição ainda é uma alternativa realista, o que restringe os ganhos.

Na Bolsa de Paris, o índice CAC-40 subiu 0,04% e terminou a 4.531,63 pontos, maior nível desde setembro de 2008, apesar da queda de 0,3% nos gastos dos consumidores do país em abril ante março.

Segundo um operador de Paris, investidores estão otimistas sobre a possibilidade de novas medidas para incentivar o crescimento.

As ações da Airbus subiram 0,72%, com a possibilidade de a empresa se beneficiar de um euro mais fraco.

Credit Agricole (+1,62%) e Société Générale (+1,45%) foram as principais altas do índice. A Alstom avançou 1,06%, depois de uma autoridade do governo francês ter dito que a General Electric melhorou sua oferta pela unidade de energia da empresa francesa.

Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,09% e fechou a 6.851,22 pontos, ainda em intervalo apertado, em meio à falta de catalisadores.

Smith & Nephew subiu 4,25%, mas o ritmo de ganhos diminuiu depois que a Stryker afirmou que não tem intenção de fazer uma proposta pela companhia.

Royal Mall caiu 2,73% depois de um rebaixamento da avaliação do papel.

As ações da GlaxoSmithKline recuaram 1,59%, depois que a fabricante de medicamentos disse que reguladores britânicos estão investigando suas práticas comerciais.

Em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,02%, para 9.939,17 pontos. Durante a sessão, o DAX chegou a atingir a máxima histórica de 9.957,87 pontos - quebrando o recorde por três dias consecutivos - mas a marca dos 10.000 pontos ainda parece distante.

A taxa de desemprego no país ficou inalterada em 6,7% em maio, mas o número de desempregados subiu para 23,937 mil.

Os dados alimentaram a expectativa de mais estímulos à economia, mas isso não foi suficiente para o índice terminar em território positivo.

As ações da Siemens ganharam 0,58%, com a perspectiva de que a empresa apresente uma proposta pelos ativos de energia da Alstom até 16 de junho.

Amanhã é feriado em algumas partes da Alemanha, por isso operadores esperam baixos volumes de negócios até o fim da semana.

O índice FTSE Mib, da Bolsa de Milão, fechou com ganhos de 0,85%, a 21.586,01 pontos. Os bancos tiveram a melhor performance, com o UBI Banca subindo 2,72% e o Intesa Saopaolo avançando 1,92%.

Em Portugal, o incide PSI 20 terminou com alta de 1,08%, a 7.134,65 pontos. O IBEX35, da Bolsa de Madri, avançou 0,40%, a 10.757,20 pontos. Com informações da Dow Jones.

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