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Piora externa faz dólar registrar 3ª alta seguida

No mercado futuro, às 17h08, o contrato de dólar com vencimento em 1º de outubro de 2012 subia 0,17%, a R$ 2,0325

Imagem de notas de 100 dólares norte-americanos na sede do Korea Exchange Bank, em Seul (Jo Yong hak/Reuters)

Imagem de notas de 100 dólares norte-americanos na sede do Korea Exchange Bank, em Seul (Jo Yong hak/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2012 às 17h40.

São Paulo - O dólar no mercado à vista fechou com leves altas e nas máximas do dia, a R$ 2,0290 (+0,15%) no balcão e a R$ 2,0278 (+0,17%) na BM&FBovespa. As mínimas, pela manhã, foram de, respectivamente, R$ 2,0230 (-0,15%) e R$ 2,0235 (-0,04%). O volume de negócios manteve-se ao redor de US$ 2 bilhões.

A piora das bolsas norte-americanas concomitante recuperação do dólar no exterior à tarde amparou o ajuste positivo do dólar ante o real, enquanto a Bovespa ampliou as perdas, puxada também pelo tombo das ações de mineradoras e siderúrgicas após a redução de projeções para o preço do minério de ferro. Esse movimento dos ativos financeiros ocorreu em resposta às declarações do presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser.

No começo da tarde, Plosser - que não tem direito a voto no Comitê de Mercado Aberto do Fed (Fomc) - afirmou que o novo programa de compra de ativos anunciado este mês pelo BC dos EUA não deve estimular o crescimento econômico e ainda ameaça afetar a credibilidade da instituição e gerar inflação no país.


Antes disso, uma série de indicadores nos EUA, sobretudo o aumento da confiança no País, e comentários do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, vinham sustentando a queda do dólar e o avanço dos índices acionários na Europa e nos EUA. Durante uma conferência na Federação das Indústrias Alemãs, em Berlim, Draghi reafirmou que o euro é "irreversível" e defendeu o novo programa de compras de bônus soberanos do BCE.

O discurso da presidente Dilma Rousseff, na abertura da 67ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), foi monitorado pelos investidores, mas não afetou a formação de preço do dólar. Essencialmente, a presidente Dilma criticou a persistência dos bancos centrais no exterior em uma política expansionista, que desequilibra as taxas de câmbio. "Com isso, os países emergentes perdem mercado devido à valorização artificial de suas moedas, o que agrava ainda mais o quadro recessivo global", disse a presidente.

No mercado futuro, às 17h08, o contrato de dólar com vencimento em 1º de outubro de 2012 subia 0,17%, a R$ 2,0325, com volume negociado de US$ 11,572 bilhões. O movimento financeiro com os três vencimentos transacionados - todos com leves ganhos - totalizava US$ 12,784 bilhões.

No exterior, o dólar também oscilou pouco ante as principais moedas estrangeiras. Às 17h08, o euro caía a US$ 1,2909, de US$ 1,2930 no fim da tarde de segunda-feira.

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