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Pimco ainda confia na Espanha; Paulson não

Enquanto a gestora continua comprando dívida italiana e espanhola, investidor se protege

Do lado dos que preferem se proteger da Europa está John Paulson (John Madere/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2012 às 14h12.

São Paulo – A crise de dívida que a Espanha vem mostrando sinais de uma piora nos últimos dias. O mercado parecia estar mais confortável sobre a situação da Europa no início do ano, mas a calmaria foi quebrada com preocupações sobre a dívida espanhola. O país até entrou no ranking das nações com maior risco em sua dívida, elaborado trimestralmente pela CMA Datavision.

Em meio a esse cenário, não há um consenso entre grandes investidores se é possível confiar ou não no país.

A empresa de investimentos Pacific Investment Management (Pimco) está do lado dos que confiam. Em entrevista ao jornal alemão Die Zeit, Mohamed A. El-Erian, um dos chefes da área de investimentos da maior gestora de títulos do mundo, disse que continua comprando e mantendo – com muito cuidado – títulos espanhóis e italianos. “É importante distinguir a situação de cada país. A Espanha não é insolvente. A Itália não é insolvente”, disse.

Na opinião de El-Erian, o trabalho do governo espanhol é convencer os investidores de que está fazendo um bom trabalho ao limpar o setor bancário. Se for bem sucedido nesse convencimento, não precisará de um resgate, na opinião do gestor.

Ele também sugeriu que uma boa saída para a Europa seria se subdividir em diferentes zonas, separando países do norte e do sul, para facilitar reformas fiscais.


Do lado de quem põe um pé atrás quando o assunto é confiar na Espanha está John Paulson, famoso por suas tacadas bilionárias na gestão de fundos. Por temer o que pode acontecer com o país europeu e seus credores, segundo reportagem da Businessweek, ele estaria vendido em títulos europeus de dívida.

A informação foi dada por uma fonte que participou de uma teleconferência de Paulson com investidores. Segundo essa pessoa, ele também estaria comprando um derivativo de dívida chamado de credit-default swaps (CDS), usado para fazer proteção sobre essas aplicações.

Paulson tem olho bom para identificar e atuar diante de crises no mercado financeiro. Em 2007, ele levou uma bolada ao apostar contra a crise de subprime nos Estados Unidos.

Problemas na Espanha

O que assusta (alguns) investidores sobre a Espanha é o risco de o país não ter capacidade de pagar dívidas. Segundo o ranking divulgado pela CMA Datavision, a chance desse calote acontecer nos próximos cinco anos é de 32,10%. O país tem a décima dívida mais arriscada do mundo.

Hoje, outra notícia surgiu sobre a situação do país. A taxa de inadimplência dos créditos bancários espanhóis subiu novamente em fevereiro para o mais alto nível desde 1994.

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São Paulo – A crise de dívida que a Espanha vem mostrando sinais de uma piora nos últimos dias. O mercado parecia estar mais confortável sobre a situação da Europa no início do ano, mas a calmaria foi quebrada com preocupações sobre a dívida espanhola. O país até entrou no ranking das nações com maior risco em sua dívida, elaborado trimestralmente pela CMA Datavision.

Em meio a esse cenário, não há um consenso entre grandes investidores se é possível confiar ou não no país.

A empresa de investimentos Pacific Investment Management (Pimco) está do lado dos que confiam. Em entrevista ao jornal alemão Die Zeit, Mohamed A. El-Erian, um dos chefes da área de investimentos da maior gestora de títulos do mundo, disse que continua comprando e mantendo – com muito cuidado – títulos espanhóis e italianos. “É importante distinguir a situação de cada país. A Espanha não é insolvente. A Itália não é insolvente”, disse.

Na opinião de El-Erian, o trabalho do governo espanhol é convencer os investidores de que está fazendo um bom trabalho ao limpar o setor bancário. Se for bem sucedido nesse convencimento, não precisará de um resgate, na opinião do gestor.

Ele também sugeriu que uma boa saída para a Europa seria se subdividir em diferentes zonas, separando países do norte e do sul, para facilitar reformas fiscais.


Do lado de quem põe um pé atrás quando o assunto é confiar na Espanha está John Paulson, famoso por suas tacadas bilionárias na gestão de fundos. Por temer o que pode acontecer com o país europeu e seus credores, segundo reportagem da Businessweek, ele estaria vendido em títulos europeus de dívida.

A informação foi dada por uma fonte que participou de uma teleconferência de Paulson com investidores. Segundo essa pessoa, ele também estaria comprando um derivativo de dívida chamado de credit-default swaps (CDS), usado para fazer proteção sobre essas aplicações.

Paulson tem olho bom para identificar e atuar diante de crises no mercado financeiro. Em 2007, ele levou uma bolada ao apostar contra a crise de subprime nos Estados Unidos.

Problemas na Espanha

O que assusta (alguns) investidores sobre a Espanha é o risco de o país não ter capacidade de pagar dívidas. Segundo o ranking divulgado pela CMA Datavision, a chance desse calote acontecer nos próximos cinco anos é de 32,10%. O país tem a décima dívida mais arriscada do mundo.

Hoje, outra notícia surgiu sobre a situação do país. A taxa de inadimplência dos créditos bancários espanhóis subiu novamente em fevereiro para o mais alto nível desde 1994.

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