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Petróleo supera US$ 110, Powell, Lagarde e o que mais move o mercado

Preocupações sobre guerra na Ucrânia voltam a pressionar bolsas internacionais; EWZ sobe no pré-mercado de NY

Equipamento de extração de petróleo (Daniel Acker/Bloomberg)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 2 de março de 2022 às 07h14.

Última atualização em 2 de março de 2022 às 08h13.

Desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia seguem como principal ponto de atenção de investidores globais nesta semana, que começa mais tarde para o mercado brasileiro. Fechada devido ao Carnaval, a B3 retoma suas operações nesta quarta-feira, 2, após dias de cautela nas bolsas internacionais.

O preço do petróleo tem sido o principal termômetro dos temores do mercado, diante do maior conflito da Europa desde a Segunda Guerra Mundial. O petróleo brent, referência para a política de preços da Petrobras, superou pela primeira vez desde 2014 a marca de 110 dólares por barril nesta quarta, chegando a 113 dólares na máxima. O petróleo WTI já é negociado próximo de 110 dólares, nos Estados Unidos.

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A disparada da commodity ocorre em meio à intensificação da guerra no Leste Europeu. Forças da Rússia afirmaram nesta manhã ter tomado a cidade portuária de Kherson, na Ucrânia. Também há relatos de aumento de bombardeios em Kharkiv, a segunda maior cidade do país, com cerca de 1,5 milhão de habitantes.

O cenário catastrófico na Ucrânia tem aumentado as sanções de países ocidentais sobre a Rússia. Na última noite, o presidente americano Joe Biden endossou as medidas sobre o o governo de Vladimir Putin, proibindo voos de aeronaves russas no país, assim como fez a União Europeia no fim de semana.Biden também disse que irá “apreender” iates, apartamentos de luxo e jatos particulares da elite russa e ameaçou novas medidas. “Ele [Putin] não faz ideia do que está por vir.”

O conflito e a valorização de commodities, porém, tem soado o alerta sobre a inflação global. Em uma medida emergencial, o banco central russo dobrou sua taxa de juros na véspera para 20% nesta semana.

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Fed e BCE

Os efeitos inflacionários da guerra na Ucrânia devem ser tema dos discursos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, e da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, marcados para 12h e 11h30 (de Brasília), respectivamente.

No mercado, bolsas do mundo todo operam em queda nesta manhã de quarta, enquanto investidores buscam pela proteção do dólar. Outro “hedge” contra o conflito também tem sido ações de petroleiras, beneficiadas pela alta da commodity.

EWZ e ADRs da Petrobras

As ADRs da Petrobras, negociadas nos Estados Unidos, fecharam em alta de mais de 2% na véspera e sobem mais de 3% no pré-mercado desta quarta. Já o EWZ, ETF de ações brasileiras negociado em Nova York, se manteve praticamente estável nos últimos dois dias e sobe cerca de 1% no pré-mercado desta quarta – mostrando que investidores estrangeiros seguem com apetite pelo mercado doméstico, recheado de commodities.

Nesta Quarta-feira de Cinzas, a B3 irá abrir apenas às 13h.

Mais curta, a semana será de poucos balanços trimestrais, que devem voltar a ser divulgados de forma mais intensa a partir de segunda-feira, 7. Notícias corporativas, porém, seguem no radar do mercado.

Alpargatas

A Alpargatas (ALPA4), da marca Havaianas, teve a venda de sua participação de 60% na Osklen para a DASS aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica, o Cade.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou a antecipação de pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) de 0,2106 real por ação. O valor será pago em 31 de março.

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