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Petróleo recua com ação militar contida de Israel em Gaza

Embora Israel tenha enviado tropas e tanques para o norte da Faixa de Gaza, o país adotou uma abordagem gradual

Petróleo: mercado global do óleo ficou altamente volátil com o conflito entre Israel e o Hamas (Germano Lüders/Exame)

Petróleo: mercado global do óleo ficou altamente volátil com o conflito entre Israel e o Hamas (Germano Lüders/Exame)

Bloomberg
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Agência de notícias

Publicado em 30 de outubro de 2023 às 11h13.

Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 11h20.

O petróleo recuou depois que a ação militar de Israel na Faixa de Gaza se mostrou mais contida do que se temia, e diminuíram as preocupações com uma retaliação maior de forças ligadas ao Irã.

O barril de Brent caiu abaixo de US$ 90 depois de saltar quase 3% na sexta-feira, 27, quando Israel intensificou as operações. Embora Israel tenha enviado tropas e tanques para o norte da Faixa de Gaza em retaliação ao ataque do Hamas de 7 de outubro, o país adotou uma abordagem gradual.

Volatilidade do petróleo

A alta de sexta-feira foi “uma repetição do comportamento recente, com operadores temendo uma grande escalada no fim de semana”, disse Ole Hansen, chefe de estratégia de commodities do Saxo Bank. Os fundos alavancados têm reduzido suas posições compradas em petróleo, já que “o enfraquecimento dos fundamentos continua a pesar sobre o mercado”, acrescentou.

O mercado global de petróleo ficou altamente volátil com o conflito por conta do risco de que se espalhe e coloque em risco os fluxos de navios-tanque no Golfo Pérsico, que responde por um terço do abastecimento mundial. Até agora, isso não aconteceu.

Mas tanto o Irã quanto os EUA alertaram que o conflito corre o risco de se ampliar na região. O Irã disse que a guerra pode “forçar todos a agir”. Os EUA veem “risco elevado” de que o conflito se espalhe, segundo o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan.

O Irã é o principal apoiador do Hamas, designado como grupo terrorista pelos EUA e pela União Europeia. O membro da Opep também apoia o Hezbollah, que tem forças posicionadas ao longo da fronteira do Líbano com Israel e tem potencial para abrir uma segunda frente no conflito.

Estoques

Enquanto isso, longe do Oriente Médio, o mercado físico de petróleo emite sinais cruzados. Nos EUA, os estoques de petróleo no principal polo de armazenamento e distribuição do país, em Cushing, Oklahoma, permanecem perto do nível mais baixo desde 2014. Mas há também um acúmulo sem precedentes de gasolina nos reservatórios ao longo da costa americana do Golfo do México, onde se concentra boa parte das refinarias do país.

Alguns indicadores apontam para um mercado menos apertado. O futuro de West Texas Intermediate (WTI) mais próximo é negociado com um prêmio de apenas 76 centavos de dólar por barril sobre o contrato seguinte, bem abaixo dos US$ 2,38 atingidos no final de setembro.

Além disso, uma pesquisa da Bloomberg mostra que o mercado espera que a Arábia Saudita, pela primeira vez em seis meses, se abstenha de aumentar seu preço de referência para os clientes asiáticos em dezembro, diante de margens de refino fracas na região.

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