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Petróleo recua 0,35% por retomada de exportação líbia

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para setembro, perdeu US$ 0,38 (0,35%), terminando a US$ 106,56 o barril


	As notícias da Líbia ofuscaram dados econômicos positivos, que normalmente apontam um aumento na demanda e assim impulsionam os preços do petróleo
 (Getty Images)

As notícias da Líbia ofuscaram dados econômicos positivos, que normalmente apontam um aumento na demanda e assim impulsionam os preços do petróleo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2013 às 17h07.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em queda nesta segunda-feira, pressionados pelo retorno das exportações da Líbia, que ofuscou dados positivos na China, Europa e Estados Unidos.

O contrato de petróleo mais negociado, com entrega para setembro, perdeu US$ 0,38 (0,35%), terminando a US$ 106,56 o barril. Na plataforma eletrônica ICE, o barril de petróleo do tipo Brent para setembro recuou US$ 0,25 (0,23%) e encerrou a US$ 108,70.

O vice-ministro de Petróleo da Líbia, Omar Shakmak, disse que as exportações de petróleo do país subiram para 700 mil barris por dia, do nível de 330 mil barris na semana anterior, quando manifestantes impediram os embarques em vários portos. Apesar da melhora, o volume exportado ainda é cerca de metade dos 1,42 milhão de barris por dia exportados antes dos protestos.

"A recente queda nas exportações da Líbia e outras interrupções de produção no Oriente Médio estavam dando suporte para o mercado de petróleo", afirma Andy Lipow, presidente da consultoria Lipow Oil Associates.

As notícias da Líbia ofuscaram dados econômicos positivos, que normalmente apontam um aumento na demanda e assim impulsionam os preços do petróleo.

Os relatórios de atividade do setor de serviços em ambos os lados do Oceano Atlântico trouxeram números positivos. O índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 56,0 em julho, de 52,2 em junho.

Analistas esperavam uma alta do indicador para 53,3. O PMI de serviços da zona do euro atingiu 49,8 em julho, acima dos 49,6 previstos pelo mercado, e bem perto do patamar de 50, que passaria a indicar crescimento do segmento.

Também foram anunciados mais cedo os dados do setor de serviços chinês, com o PMI, medido pelo HSBC, permanecendo em 51,3 em julho.

Segundo Domicik Chirichella, analista do Energy Management Institute, o mercado parece estar se tornando mais otimista em relação à China, onde a atividade estaria se estabilizando ou mesmo voltando a crescer. "Com a China representando de 40% a 50% do aumento no consumo global de petróleo, qualquer melhora na economia chinesa muito provavelmente resultará em elevação na demanda pela commodity", afirmou.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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