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Petróleo opera em alta após problema no Mar do Norte

Cerca de 450 mil barris por dia da produção do Mar do Norte não deve ser entregue nas próximas duas semanas, por causa de um vazamento em oleoduto

Petróleo: investidores monitoram também a deterioração financeira da Venezuela, país com as maiores reservas globais de petróleo (Karen Bleier/AFP)

Petróleo: investidores monitoram também a deterioração financeira da Venezuela, país com as maiores reservas globais de petróleo (Karen Bleier/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 13 de dezembro de 2017 às 10h37.

Nova York - O petróleo opera com ganhos nesta quarta-feira, com o Brent apoiado por um problema no abastecimento no Mar do Norte, que deve provocar mais reduções nos estoques globais. Além disso, uma prévia dos estoques da commodity na última semana colabora para o movimento.

Às 10h09 (de Brasília), o petróleo WTI para janeiro subia 0,51%, a US$ 57,43 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro avançava 0,47%, a US$ 63,64 o barril, na ICE.

Cerca de 450 mil barris por dia da produção do Mar do Norte não deve ser entregue nas próximas duas semanas, por causa de um vazamento no oleoduto Forties, segundo a Ineos, uma companhia privada do setor químico.

Analista-chefe de commodities da SEB Markets, Bjarne Schieldrop afirma que o problema com o oleoduto lança luz sobre o envelhecimento da infraestrutura, que requer mais manutenção e gastos. "Era inicialmente bem pouco esperado ver esse tipo de problema em um oleoduto, o que gera a preocupação sobre o que mais pode ser encontrado na mesma estrutura", disse ele. A questão no Mar do Norte exacerba a normalmente já alta diferença entre o Brent e o WTI.

Nos EUA, o American Petroleum Institute (API) estimou que o volume de petróleo estocado nos EUA caiu 7,4 milhões de barris na última semana.

Por outro lado, o API apontou que os estoques de gasolina e de destilados avançaram 2,3 milhões e 1,5 milhão de barris, respectivamente. Às 13h30, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulga o dado oficial.

Investidores monitoram também a deterioração financeira da Venezuela, país com as maiores reservas globais de petróleo.

Schieldrop afirmou que no momento Caracas não faz nada, por não ter dinheiro para a manutenção, o que gera um quadro de estagnação e tendência de queda em sua oferta.

A produção petrolífera venezuelana recuou abaixo de 2 milhões de barris por dia neste ano, para seu menor nível em décadas.

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