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Petróleo impulsiona bolsas asiáticas, mas China recua

O Xangai Composto caiu 0,2%, a 2.862,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 0,3%, a 1.841,42 pontos


	China: o Xangai Composto caiu 0,2%, a 2.862,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 0,3%, a 1.841,42 pontos
 (STR/AFP)

China: o Xangai Composto caiu 0,2%, a 2.862,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 0,3%, a 1.841,42 pontos (STR/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 08h11.

São Paulo - As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, após os fortes ganhos do petróleo e o desempenho positivo dos mercados acionários em Nova York, que ontem avançaram pelo terceiro pregão consecutivo.

Na China, porém, as bolsas recuaram levemente, com os investidores realizando lucros na esteira de ganhos recentes e após a divulgação dos últimos dados de inflação do país.

Nos negócios de ontem, o petróleo subiu quase 5,6% em Nova York e saltou mais de 7% em Londres, após o Irã declarar apoio ao acordo fechado por Arábia Saudita, Rússia, Venezuela e Catar, na última terça-feira, para limitar a produção da commodity aos níveis de janeiro. Teerã, no entanto, ainda se recusa a congelar sua própria produção.

A recuperação recente do petróleo, que mantém a tendência positiva nesta manhã, contribuiu para a valorização das bolsas em Wall Street, que ontem tiveram ganhos de 1,6% a 2,2%, alimentando o apetite por risco na região asiática.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 2,32% hoje, a 19.363,08 pontos, impulsionado por ações do setor petrolífero e papéis de cassinos de Macau.

Já em Taiwan, o Taiex avançou 1,2%, a 8.314,67 pontos, o maior nível no ano, em meio à especulação de que uma previsão menor de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano poderá levar a um novo corte nas taxas de juros locais. No mercado sul-coreano, o Kospi teve alta de 1,32% em Seul, a 1.908,84 pontos, enquanto em Manila, o índice filipino PSEi registrou ganho de 1,36%, a 6.848,87 pontos.

Entre os mercados chineses, o dia foi de realização de lucros, após os ganhos acumulados nas duas sessões anteriores. Revertendo ganhos moderados na última hora do pregão, o Xangai Composto, principal índice acionário da China, caiu 0,2%, a 2.862,89 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, recuou 0,3%, a 1.841,42 pontos.

Os investidores na China também observaram os últimos dados domésticos de inflação. A taxa anual de inflação ao consumidor no gigante asiático avançou para 1,8% em janeiro, de 1,6% em dezembro, vindo em linha com a expectativa de analistas consultados pela Dow Jones Newswires. Uma pesquisa da Reuters, no entanto, previa inflação maior, a 1,9%.

O tom negativo nas bolsas chinesas prevaleceu apesar de o banco central do país (PBoC) ter mantido esforços de fornecer liquidez a bancos comerciais. Hoje, o BC chinês injetou 80 bilhões de yuans (cerca de US$ 12,3 bilhões) no sistema financeiro. Nos quatro dias anteriores, as injeções do PBoC totalizaram 60 bilhões de yuans.

Na Oceania, a bolsa australiana foi igualmente favorecida pelo novo salto nos preços do petróleo. No maior avanço desde meados de dezembro, o S&P/ASX 200, índice que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, encerrou a sessão em alta de 2,3%, a 4.992,00 pontos.

Com isso, o índice australiano acumula valorização de 4,8% na semana e as perdas no ano foram reduzidas para 5,7%. Apenas as ações de energia da Austrália subiram 5,3% hoje. 

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