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Petróleo fecha em alta à espera de ações contra crise

O contrato do petróleo WTI para julho subiu US$ 0,73, encerrando a US$ 85,02 o barril

Outro fator que impulsionou os preços da commodity no pregão foi o impasse nas negociações entre o Irã e as potências ocidentais (Alexander Joe/AFP)

Outro fator que impulsionou os preços da commodity no pregão foi o impasse nas negociações entre o Irã e as potências ocidentais (Alexander Joe/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2012 às 17h03.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) fecharam em alta nesta quarta-feira, impulsionados pela queda do dólar e expectativas de novas medidas de estímulo nos Estados Unidos e na Europa. Entretanto, uma queda menor do que a esperada nos estoques norte-americanos impediu ganhos mais acentuados.

O contrato do petróleo WTI para julho subiu US$ 0,73 (0,87%), encerrando a US$ 85,02 o barril. Na plataforma ICE, o barril do Brent para julho teve alta de US$ 1,80 (1,82%), terminando a US$ 100,64.

Nesta quarta, o Banco Central Europeu (BCE) manteve sua taxa básica de juros em 1% e não anunciou novas medidas de estímulo. Mas cada vez mais analistas acreditam que o agravamento da crise na zona do euro e a frágil recuperação da economia dos EUA vão forçar tanto o BCE quanto o Federal Reserve a agir em breve, como sugerem também comentários recentes de algumas autoridades.

Os ganhos do petróleo ao longo do dia só não foram maiores porque o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgou que os estoques nos EUA caíram apenas 111 mil barris na semana até 1º de junho, quando os analistas previam uma queda maior, de 500 mil barris. De qualquer forma, essa foi a primeira redução em nove semanas, período em que os estoques atingiram o maior nível em 22 anos.

Os estoques de gasolina subiram 3,346 milhões de barris, bem acima da previsão, de alta de 400 mil barris. E os estoques de destilados aumentaram 2,253 milhões de barris, quando a expectativa era de avanço de 200 mil barris.

Outro fator que impulsionou os preços da commodity no pregão foi o impasse nas negociações entre o Irã e as potências ocidentais. O negociador iraniano para questões nucleares, Saeed Jalili, alertou sobre os atrasos na realização de reuniões preparatórias para o encontro que acontecerá no fim do mês em Moscou, que podem ameaçar as negociações.

"O Irã tem um histórico tão grande de desonestidade e enrolação que eu acho difícil que a situação se resolva tranquilamente", comenta Peter Donovan, vice-presidente da Vantage Trading. As informações são da Dow Jones.

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