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Petróleo é cotado a US$ 108,14 o barril em NY

Receio sobre o crescimento mais lento da China ameaça demanda da commodity

Analistas disseram que os conflitos na Líbia e o receio de uma crise em outros países produtores da região, como a Nigéria, estão limitando a queda do petróleo (Divulgação/EXAME)

Analistas disseram que os conflitos na Líbia e o receio de uma crise em outros países produtores da região, como a Nigéria, estão limitando a queda do petróleo (Divulgação/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2011 às 11h49.

Nova York - Os contratos futuros de petróleo registram leve alta, em meio aos receios de que a China desacelere seu crescimento econômico, elevando novamente suas taxas de juros. O aperto monetário, se confirmado, prejudicaria a demanda futura pela commodity. Hoje, a China informou que a inflação no país cresceu no ritmo mais forte desde julho de 2008. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 5,4% em março, ante o mesmo mês do ano passado, depois de aumentar 4,9% em fevereiro. Economistas esperavam alta de 5,3%.

O governo chinês tem tentado controlar a inflação por meio da elevação das taxas de juros, que foi implementada quatro vezes em menos de seis meses. Analistas de petróleo temem que a continuação das altas nos juros reduzam o crescimento da economia da China e resultem em menor demanda. "Tenho certeza de que vamos ver mais uma (elevação) no próximo mês ou depois", comentou Matt Smith, analista da Summit Energy.

O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,7% no primeiro trimestre deste ano, superando as estimativas de 9,5% dos economistas. A forte alta dos preços do petróleo neste ano teve um revés nesta semana. Operadores estão cada vez mais preocupados com o fato de que os custos das matérias-primas vão frear os gastos das empresas e dos consumidores. Os participantes do mercado passaram a olhar mais para essas questões econômicas do que para a turbulência no Oriente Médio e no norte da África.

No entanto, analistas disseram que os conflitos na Líbia e o receio de uma crise em outros países produtores da região, como a Nigéria, estão limitando a queda do petróleo. Na Nigéria, as eleições presidenciais marcadas para amanhã já provocaram violência e os investidores de petróleo observam de perto a situação.

Às 11 horas (horário de Brasília), o contrato futuro de petróleo WTI com vencimento em maio subia 0,03% na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), para US$ 108,14 o barril. O petróleo tipo Brent para junho subia 0,23%, para US$ 122,28 o barril, na ICE de Londres. As informações são da Dow Jones.

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