Petróleo cai com dados de estoques e temor sobre economia
Em Nova York, o preço do petróleo recuperou terreno momentaneamente depois da divulgação dos dados do DoE, mas voltou a cair depois disso
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 19h46.
Nova York - O preço do petróleo produzido nos EUA voltou a cair em Nova York nesta quarta-feira, 10, acumulando uma perda de 15% em cinco sessões consecutivas de baixas.
Mas o petróleo Brent, produzido e mais consumido na Europa, fechou em alta.
O dia foi marcado pelo informe do Departamento de Energia dos EUA de que os estoques norte-americanos de petróleo bruto tiveram uma redução de 754 mil barris na semana até 5 de fevereiro; as importações de petróleo bruto dos EUA tiveram uma redução de 1,132 milhão de barris por dia, para 7,124 milhões de barris/dia, e a produção do país ficou em 9,186 milhões de barris/dia, de 9,214 milhões de barris/dia na semana passada e 9,226 milhões de barris/dia na mesma semana do ano passado.
Os dados surpreenderam o mercado, já que os analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam um crescimento de 3,7 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto; os da Platts previam um crescimento de 3,2 milhões de barris; e o American Petroleum Institute (API) havia divulgado ontem uma estimativa de crescimento de 2,4 milhões de barris.
Em Nova York, o preço do petróleo recuperou terreno momentaneamente depois da divulgação dos dados do DoE, mas voltou a cair depois disso.
Os preços haviam oscilado em faixas estreitas durante a madrugada, no mercado asiático, depois de a bolsa de Tóquio fechar em queda de 5,4%, levando a uma baixa do dólar diante do iene, e da divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia sobre as condições do mercado global em fevereiro, e do relatório mensal do DoE sobre a perspectiva da energia no curto prazo.
A AIE disse que a oferta global de petróleo reduziu-se em 200 mil barris/dia em janeiro, para 96,5 milhões de barris/dia, com crescimento de 280 mil barris/dia na produção da Opep, para 32,63 milhões de barris/dia; o crescimento da produção do cartel em comparação com janeiro do ano passado foi de 1,7 milhão de barris/dia.
Os produtores que não são da Opep, por sua vez, reduziram sua produção em 500 mil barris/dia em janeiro.
A agência internacional também prevê que a demanda global, que alcançou em 2015 o nível mais alto em cinco anos, em 1,6 milhão de barris/dia, deve cair a 1,2 milhão de barris/dia em 2016 por causa "das notáveis desacelerações na Europa, na China e nos EUA".
Segundo o relatório da AIE, os mercados emergentes respondem pela maior parte da demanda global por petróleo desde 2014, depois de décadas em que a maior parte da demanda era dos países avançados; isso faz crescer a preocupação dos analistas com o impacto da queda persistente dos preços em países como Brasil e Rússia, cujas economias encolheram em 2015, e China, que está em desaceleração, com potencial para afetar também os países avançados.
"Os mercados emergentes são, em grande medida, dependentes de commodities. Com o enorme estresse que eles estão atravessando, como resultado das quedas das commodities em geral, é difícil achar bolsões de demanda significativa por petróleo", comentou Richard Soultanian, do NUS Consulting Group.
Nos EUA, o relatório divulgado ontem pelo DoE diz que os estoques globais devem crescer em 1,4 milhão de barris por dia ao longo do primeiro trimestre deste ano,o que deve manter o preço do Brent abaixo de US$ 40 por barril até agosto.
A previsão do DoE para o preço médio do Brent em 2016 foi rebaixada para US$ 37,52 por barril, de US$ 40,15 por barril no relatório do mês passado; a previsão para o preço médio do petróleo produzido nos EUA neste ano foi rebaixada para US$ 37,59 por barril, de US$ 38,54 por barril.
Quedas nos preços do petróleo geralmente são consideradas positivas para a economia, por beneficiarem o consumidor; desta vez, porém, "o efeito negativo, de uma maneira geral, da queda forte dos preços do petróleo desde meados de 2014 contrabalançou os benefícios de curto prazo", diz o relatório mensal da Opep sobre o mercado de petróleo, divulgado hoje.
O cartel reduziu sua expectativa para o crescimento da demanda global por petróleo em 2016 em 10 mil barris/dia, para 1,25 milhão de barris/dia, de modo que a projeção para a demanda neste ano é de 94,21 milhões de barris/dia.
A Opep também rebaixou sua previsão para o crescimento do PIB global neste ano para 3,2%, de 3,4% no relatório anterior.
Também hoje, em Londres, onde está acontecendo a Semana Internacional do Petróleo, executivos do setor e representantes governamentais de vários países voltaram a descartar a possibilidade de convocação de uma reunião extraordinária da Opep para discutir a proposta de reduzir a produção para dar sustentação aos preços; isso torna ainda mais distante a chance de um acordo entre os membros da Opep e os produtores que não pertencem ao cartel.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para março fecharam a US$ 27,45 por barril, em queda de US$ 0,49 (1,75%).
Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para abril fecharam a US$ 30,84 por barril, em alta de US$ 0,52 (1,72%).
Nova York - O preço do petróleo produzido nos EUA voltou a cair em Nova York nesta quarta-feira, 10, acumulando uma perda de 15% em cinco sessões consecutivas de baixas.
Mas o petróleo Brent, produzido e mais consumido na Europa, fechou em alta.
O dia foi marcado pelo informe do Departamento de Energia dos EUA de que os estoques norte-americanos de petróleo bruto tiveram uma redução de 754 mil barris na semana até 5 de fevereiro; as importações de petróleo bruto dos EUA tiveram uma redução de 1,132 milhão de barris por dia, para 7,124 milhões de barris/dia, e a produção do país ficou em 9,186 milhões de barris/dia, de 9,214 milhões de barris/dia na semana passada e 9,226 milhões de barris/dia na mesma semana do ano passado.
Os dados surpreenderam o mercado, já que os analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam um crescimento de 3,7 milhões de barris nos estoques de petróleo bruto; os da Platts previam um crescimento de 3,2 milhões de barris; e o American Petroleum Institute (API) havia divulgado ontem uma estimativa de crescimento de 2,4 milhões de barris.
Em Nova York, o preço do petróleo recuperou terreno momentaneamente depois da divulgação dos dados do DoE, mas voltou a cair depois disso.
Os preços haviam oscilado em faixas estreitas durante a madrugada, no mercado asiático, depois de a bolsa de Tóquio fechar em queda de 5,4%, levando a uma baixa do dólar diante do iene, e da divulgação de um relatório da Agência Internacional de Energia sobre as condições do mercado global em fevereiro, e do relatório mensal do DoE sobre a perspectiva da energia no curto prazo.
A AIE disse que a oferta global de petróleo reduziu-se em 200 mil barris/dia em janeiro, para 96,5 milhões de barris/dia, com crescimento de 280 mil barris/dia na produção da Opep, para 32,63 milhões de barris/dia; o crescimento da produção do cartel em comparação com janeiro do ano passado foi de 1,7 milhão de barris/dia.
Os produtores que não são da Opep, por sua vez, reduziram sua produção em 500 mil barris/dia em janeiro.
A agência internacional também prevê que a demanda global, que alcançou em 2015 o nível mais alto em cinco anos, em 1,6 milhão de barris/dia, deve cair a 1,2 milhão de barris/dia em 2016 por causa "das notáveis desacelerações na Europa, na China e nos EUA".
Segundo o relatório da AIE, os mercados emergentes respondem pela maior parte da demanda global por petróleo desde 2014, depois de décadas em que a maior parte da demanda era dos países avançados; isso faz crescer a preocupação dos analistas com o impacto da queda persistente dos preços em países como Brasil e Rússia, cujas economias encolheram em 2015, e China, que está em desaceleração, com potencial para afetar também os países avançados.
"Os mercados emergentes são, em grande medida, dependentes de commodities. Com o enorme estresse que eles estão atravessando, como resultado das quedas das commodities em geral, é difícil achar bolsões de demanda significativa por petróleo", comentou Richard Soultanian, do NUS Consulting Group.
Nos EUA, o relatório divulgado ontem pelo DoE diz que os estoques globais devem crescer em 1,4 milhão de barris por dia ao longo do primeiro trimestre deste ano,o que deve manter o preço do Brent abaixo de US$ 40 por barril até agosto.
A previsão do DoE para o preço médio do Brent em 2016 foi rebaixada para US$ 37,52 por barril, de US$ 40,15 por barril no relatório do mês passado; a previsão para o preço médio do petróleo produzido nos EUA neste ano foi rebaixada para US$ 37,59 por barril, de US$ 38,54 por barril.
Quedas nos preços do petróleo geralmente são consideradas positivas para a economia, por beneficiarem o consumidor; desta vez, porém, "o efeito negativo, de uma maneira geral, da queda forte dos preços do petróleo desde meados de 2014 contrabalançou os benefícios de curto prazo", diz o relatório mensal da Opep sobre o mercado de petróleo, divulgado hoje.
O cartel reduziu sua expectativa para o crescimento da demanda global por petróleo em 2016 em 10 mil barris/dia, para 1,25 milhão de barris/dia, de modo que a projeção para a demanda neste ano é de 94,21 milhões de barris/dia.
A Opep também rebaixou sua previsão para o crescimento do PIB global neste ano para 3,2%, de 3,4% no relatório anterior.
Também hoje, em Londres, onde está acontecendo a Semana Internacional do Petróleo, executivos do setor e representantes governamentais de vários países voltaram a descartar a possibilidade de convocação de uma reunião extraordinária da Opep para discutir a proposta de reduzir a produção para dar sustentação aos preços; isso torna ainda mais distante a chance de um acordo entre os membros da Opep e os produtores que não pertencem ao cartel.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de petróleo bruto para março fecharam a US$ 27,45 por barril, em queda de US$ 0,49 (1,75%).
Na Intercontinental Exchange (ICE), os contratos do petróleo Brent para abril fecharam a US$ 30,84 por barril, em alta de US$ 0,52 (1,72%).