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Petrobras segura alta do Ibovespa

A bolsa seguiu o bom humor nos mercados internacionais com os dados fortes da economia dos EUA e também com o IPCA abaixo da mediana das projeções

Bovespa: a bolsa fechou o dia em alta de 0,31%, aos 50.944,27 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 17h21.

São Paulo - A Bovespa fechou a última sessão da semana em alta, seguindo o bom humor nos mercados internacionais com os dados fortes da economia dos EUA e também com o IPCA abaixo da mediana das projeções.

Apesar do sinal positivo, a bolsa apagou grande parte dos ganhos na reta final do pregão e não conseguiu sustentar o nível dos 51 mil pontos, pressionada pela queda das ações da Petrobras.

A alta da bolsa na abertura dos negócios acelerou após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em novembro, depois de avançar 0,57% em outubro.

O resultado foi inferior à mediana da previsão dos analistas, que era de alta de 0,58%. Isso, junto com o PIB fraco do terceiro trimestre, levou o mercado a interpretar uma necessidade de menor alta de juros, o que é positivo para a Bolsa.

Além disso, o relatório do mercado do trabalho dos EUA mostrou que foram criados 203 mil empregos em novembro, superando a previsão de analistas de 180 mil novas vagas. A taxa de desemprego atingiu o menor nível em cinco anos, caindo para 7%, de 7,3% em outubro.

Os dados eram muito aguardados pelos investidores e analistas, após a série de indicadores positivos anunciada nas duas últimas semanas, que reforçaram as expectativas de retirada dos estímulos do Federal Reserve (Fed).


No entanto, os participantes dos mercados acionários optaram por levar mais em conta o fato de que os números recentes sinalizam que a economia americana está em franca recuperação, o que acabou contribuindo para o sinal positivo das bolsas na Europa e em Nova York.

A reação representa uma mudança em relação à usual fuga dos investidores de ativos de risco, que normalmente se segue à divulgação de indicadores positivos da economia americana. Agora, os investidores optaram por focar na recuperação firme dos EUA.

A Bovespa seguiu o bom humor externo e fechou o dia em alta de 0,31%, aos 50.944,27 pontos. Na máxima, o Ibovespa alcançou 51.365 (+1,14%) e na mínima atingiu 50.610 (-0,35%). Na semana, a bolsa acumulou queda de 2,93% e no ano, declínio de 16,42%. O volume de negócios somou R$ 6,006 bilhões, de acordo com dados preliminares.

O ponto negativo do pregão foi as ações da Petrobras, que não mantiveram a alta vista na abertura e passaram quase toda a sessão em queda, chegando até mesmo a levar a Bovespa a entrar brevemente em território negativo à tarde. Petrobras ON fechou com queda de 2,12%, enquanto a ação PN recuou 2,27%.

O recuo foi puxado pela saída de estrangeiros após a notícia de que a produção na refinaria Repar, no Paraná, deve ficar parada por um mês. Segundo o Credit Suisse, a notícia é significante, já que a Repar produz 190 mil barris por dia de combustível. "Cada mês que não há produção é equivalente a um aumento de, aproximadamente, US$ 170 milhões em custos com importações ou 6 centavos menos no dividendo ON", avaliou o banco.

Do lado positivo, as ações da Vale perderam força no fim do pregão e fecharam sem direção única. A PNA subiu 0,30% e a ON caiu 0,20%.

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São Paulo - A Bovespa fechou a última sessão da semana em alta, seguindo o bom humor nos mercados internacionais com os dados fortes da economia dos EUA e também com o IPCA abaixo da mediana das projeções.

Apesar do sinal positivo, a bolsa apagou grande parte dos ganhos na reta final do pregão e não conseguiu sustentar o nível dos 51 mil pontos, pressionada pela queda das ações da Petrobras.

A alta da bolsa na abertura dos negócios acelerou após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informar que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em novembro, depois de avançar 0,57% em outubro.

O resultado foi inferior à mediana da previsão dos analistas, que era de alta de 0,58%. Isso, junto com o PIB fraco do terceiro trimestre, levou o mercado a interpretar uma necessidade de menor alta de juros, o que é positivo para a Bolsa.

Além disso, o relatório do mercado do trabalho dos EUA mostrou que foram criados 203 mil empregos em novembro, superando a previsão de analistas de 180 mil novas vagas. A taxa de desemprego atingiu o menor nível em cinco anos, caindo para 7%, de 7,3% em outubro.

Os dados eram muito aguardados pelos investidores e analistas, após a série de indicadores positivos anunciada nas duas últimas semanas, que reforçaram as expectativas de retirada dos estímulos do Federal Reserve (Fed).


No entanto, os participantes dos mercados acionários optaram por levar mais em conta o fato de que os números recentes sinalizam que a economia americana está em franca recuperação, o que acabou contribuindo para o sinal positivo das bolsas na Europa e em Nova York.

A reação representa uma mudança em relação à usual fuga dos investidores de ativos de risco, que normalmente se segue à divulgação de indicadores positivos da economia americana. Agora, os investidores optaram por focar na recuperação firme dos EUA.

A Bovespa seguiu o bom humor externo e fechou o dia em alta de 0,31%, aos 50.944,27 pontos. Na máxima, o Ibovespa alcançou 51.365 (+1,14%) e na mínima atingiu 50.610 (-0,35%). Na semana, a bolsa acumulou queda de 2,93% e no ano, declínio de 16,42%. O volume de negócios somou R$ 6,006 bilhões, de acordo com dados preliminares.

O ponto negativo do pregão foi as ações da Petrobras, que não mantiveram a alta vista na abertura e passaram quase toda a sessão em queda, chegando até mesmo a levar a Bovespa a entrar brevemente em território negativo à tarde. Petrobras ON fechou com queda de 2,12%, enquanto a ação PN recuou 2,27%.

O recuo foi puxado pela saída de estrangeiros após a notícia de que a produção na refinaria Repar, no Paraná, deve ficar parada por um mês. Segundo o Credit Suisse, a notícia é significante, já que a Repar produz 190 mil barris por dia de combustível. "Cada mês que não há produção é equivalente a um aumento de, aproximadamente, US$ 170 milhões em custos com importações ou 6 centavos menos no dividendo ON", avaliou o banco.

Do lado positivo, as ações da Vale perderam força no fim do pregão e fecharam sem direção única. A PNA subiu 0,30% e a ON caiu 0,20%.

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