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Petrobras dispara 10%. Ainda vale a pena comprar a ação?

Forte resultado no segundo trimestre e pagamento de dividendos bilionários impulsionam ações; veja o que dizem analistas sobre o potencial de alta

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Sede da Petrobras no Rio de Janeiro | Foto: Sergio Moraes/Reuters (Sergio Moraes/Reuters)

Sede da Petrobras no Rio de Janeiro | Foto: Sergio Moraes/Reuters (Sergio Moraes/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de agosto de 2021 às, 12h02.

Última atualização em 6 de agosto de 2021 às, 06h12.

As ações da Petrobras (PETR3, PETR4) chegaram a disparar mais de 11% nesta quinta-feira, 5, com investidores repercutindo o resultado do segundo trimestre da companhia e o anúncio de antecipação de dividendos. Na bolsa, as ações ordinárias (PETR3) fecharam negociadas a 29,27 reais (alta de 9,63%), e as preferenciais, a 28,35 reais (+7,88%). 

No período entre abril e junho, a estatal teve lucro líquido de 42,86 bilhões de reais ante o consenso da Bloomberg de 29,41 bilhões de reais. A empresa ainda superou as estimativas em Ebitda (geração de caixa operacional), que ficou em 61 bilhões de reais, enquanto suas vendas totalizaram 110,71 bilhões de reais.

A empresa também anunciou a antecipação de dividendos de 31,6 bilhões de reais, que serão pagos em duas parcelas. 

"A surpresa foi a parte de refino, que geralmente penaliza o resultado e veio melhor no trimestre", avaliou Bruno Lima, analista-chefe de ações do BTG Pactual Digital no programa Abertura de Mercado. O analista ainda citou a alta do petróleo e os ganhos de margem, com custos de exploração favoráveis, para o bom resultado da companhia.

Após o balanço, as ações da Petrobras passaram a ser reavaliadas por analistas de mercado. O Credit Suisse mudou a recomendação para os papéis de neutro para compra, com preço-alvo das ADRs da companhia em 14 dólares, implicando um potencial de alta (upside) de 36% em relação ao último fechamento. Esse também é o preço-alvo estabelecido pelo BTG Pactual

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Em relatório, analistas do BTG (do mesmo grupo que controla a EXAME) chegaram a se referir ao dividendo apresentado como o “brilho do poder de geração de caixa” da companhia. “Com base nos resultados do primeiro semestre e em nossas expectativas, o dividendo anunciado é equivalente a 41% do lucro esperado para 2021, que está acima do pagamento mínimo exigido”, afirmam em relatório os analistas Tiago Duarte, Pedro Soares e Daniel Guardiola.

Os analistas do BTG ainda esperam que os resultados operacionais permaneçam fortes nos próximos trimestres, “a menos que o foco na produção no pré-sal e o cenário para o petróleo brent mudem”. No entanto, eles preferiram manter a recomendação neutra, tendo em vista possíveis ruídos políticos, como interferências do governo.

“Esses resultados e dividendos atestam mais o que a Petrobras tem feito desde 2016 do que o que pode fazer daqui para frente. A ação parece inegavelmente barata, mas o ruído envolvendo a interferência no preço do combustível, bem como a extensão do prazo de venda das refinarias, ainda nos deixa céticos”, apontaram os analistas do BTG. 

Outra casa que tem recomendação neutra para os papéis é a Ativa, com preço-alvo de 31,50 para as ações preferenciais da empresa. Ou seja, com a alta desta quinta, o potencial de ganho, segundo a corretora, seria de menos de 10%. A Mirae, mesmo com recomendação de compra, tem preço-alvo apenas um pouco acima, de 31,98 reais.

“O resultado superou as expectativas, mas foi influenciado por ganhos não-recorrentes. Seguimos otimistas com a empresa e esperamos que o novo CEO da Petrobras [Joaquim Silva e Luna] mantenha a política de paridade de preços internacionais que vinha sendo praticada e o programa de desinvestimentos”, afirma Pedro Galdi, analista da Mirae Asset, em relatório. 

No mercado, porém, há quem veja um upside maior para as ações. Em levantamento da Refinitiv com onze recomendações, a mediana do preço-alvo para as ações preferenciais ficou em 34 reais, implicando um potencial de alta de pouco mais de 15%, considerando o patamar aproximado de 29 reais por ação. 

 

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