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Petro e CVM; Bolsa espera a política…

Focus: futuro incerto No boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, economistas consultados pelo Banco Central preveem um ritmo mais fraco nos cortes da taxa básica de juro (Selic) e crescimento menor do PIB em 2017 e 2018. Para a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), o Focus prevê corte de 0,75 ponto, diferentemente […]

PETROBRAS: Companhia e seus ex-presidentes, Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, estaram em julgamento da CVM em 11 de julho / Paulo Whitaker / Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)

PETROBRAS: Companhia e seus ex-presidentes, Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, estaram em julgamento da CVM em 11 de julho / Paulo Whitaker / Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2017 às 18h47.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Focus: futuro incerto

No boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, economistas consultados pelo Banco Central preveem um ritmo mais fraco nos cortes da taxa básica de juro (Selic) e crescimento menor do PIB em 2017 e 2018. Para a reunião de julho do Comitê de Política Monetária (Copom), o Focus prevê corte de 0,75 ponto, diferentemente das últimas reuniões, que resultaram em cortes de 1 ponto base na Selic. A redução do ritmo de afrouxamento nos juros já havia sido sinalizada na ata da última reunião do Copom. Em relação à atividade econômica, a pesquisa mostra ainda que o produto interno bruto (PIB) deve expandir apenas 0,41% em 2017, ante a projeção anterior de 0,50%. A conta para 2018 também caiu, em 0,10 ponto percentual, e agora a projeção é de crescimento de 2,3%.

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Bolsa em queda

O Ibovespa começou a semana em queda diante do turbulento cenário político. Investidores estão preocupados com o andamento da pauta das reformas no Congresso, bem como com a manutenção de Michel Temer no poder e com o desembarque do PSDB da base aliada do governo. Com isso, o índice fechou nesta segunda-feira em queda de 0,82%, com 61.700 pontos. Destaque para as ações da mineradora Vale, que estiveram entre as mais negociadas do dia e caíram 1,39% nos papéis ordinários e 1,87% nos preferenciais, mesmo com a alta dos preços do minério de ferro. O fundo Bradespar, controlador da Vale, teve o pior desempenho do dia, com queda de 3,88%. O dólar avançou 0,59%, para 3,3115 reais, depois de acumular alta de 1,15% na semana passada. A alta da moeda impulsionou exportadas na bolsa, como a fabricante de papel e celulose Klabin (1,76%) e a fabricante de aeronaves Embraer (1,09%).

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Immelt fora da GE

As ações da fabricante de eletrônicos General Electric subiram 3,62% após o anúncio da saída do presidente da companhia, Jeff Immelt, nesta segunda-feira. Immelt estava à frente da GE desde setembro de 2001 e vinha sendo criticado nos últimos meses pelo fraco desempenho das ações da companhia, se comparadas ao do restante do mercado americano. Ele deixará a presidência em agosto e, no final do ano, também deixará sua cadeira de presidente do conselho consultivo da empresa. Immelt será substituído por John Flannery, que atualmente comanda a divisão de saúde da GE e está há mais de 30 anos na companhia. Em comunicado, a empresa disse que a decisão é resultado de um processo sucessório que estava em curso desde 2011.

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Foster e Gabrielli na CVM

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai julgar Graça Foster e José Sérgio Gabrielli, ambos ex-presidentes da Petrobras, por irregularidades num processo de venda de ações da estatal em 2010. A oferta de papéis levantou, na época, 69,9 bilhões de dólares. Também estão arrolados no processo a própria Petrobras, além do banco Bradesco BBI, que liderou a oferta, o ex-diretor de relações com investidores da estatal, Almir Barbassa, e o executivo do banco Bruno Boetger. A CVM deve analisar se a Petrobras forneceu informações durante o processo de venda de ações que, depois, se mostraram inconsistentes e levaram à entrada de investidores na compra. O julgamento será no dia 11 de julho e poderá gerar uma punição, que vai desde multa de 500.000 reais até a impossibilidade de os envolvidos exercerem cargo em companhia aberta.

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Petro sobe

Apesar da notificação do julgamento, dada hoje pela CVM, as ações da Petrobras fecharam o dia em alta, impulsionadas pelo avanço nos preços do contrato futuro de petróleo. Os contratos do tipo Brent subiram 1,62%; e os do tipo WTI, 1,46%. Os papéis preferenciais da companhia tiveram alta de 0,16%, e os ordinários avançaram 0,15%. As ações da estatal também oscilaram devido às incertezas no cenário político.

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JBS: -3,16%

As ações do frigorífico JBS despencaram 3,16% após notícias de que a companhia havia operado volumes financeiros incomuns às vésperas da delação premiada de Joesley Batista, presidente do grupo J&F, que controla o frigorífico. Em 17 de maio, a tesouraria da JBS comprou 35,6 milhões de reais em ações da empresa. No mesmo dia, após o fechamento do pregão, notícias sobre a delação de Joesley e Wesley Batista vieram à tona. Enquanto a empresa comprava suas próprias ações, os acionistas controladores se desfaziam de papéis. Há suspeita de que a empresa tenha cometido crimes ao utilizar informações privilegiadas para atuar no mercado de capitais.

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