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Petro avança com fala de Bolsonaro e baixa adesão à greve de caminhoneiros

Ações sobem mais de 3% após presidente defender privatização e afirmar ter informações de que preços serão reajustados em 20 dias

Greve para pressionar por mudança em política de preços teve baixa adesão | Foto: Paulo Whitaker/Reuters (Paulo Whitaker/Reuters)
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Beatriz Quesada

Publicado em 1 de novembro de 2021 às 17h03.

Última atualização em 1 de novembro de 2021 às 17h36.

As ações da Petrobras (PETR3/PETR4) fecharam esta segunda-feira, 1º de novembro, em alta de 3,72% e 2,75%, respectivamente, e ajudaram a sustentar oIbovespano campo positivo.

Os papéis também sobem em meio à baixa adesão àgreve dos caminhoneiros, convocada para — entre outros pontos — pressionar o governo a intervir nos preços dos combustíveis praticado pela Petrobras.

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O movimento altista também repercute uma fala do presidente Jair Bolsonaro. Nesta manhã, Bolsonaro disse que pediu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para dar início às medidas para privatizar a estatal. O chefe do Executivo também afirmou que sabe, de forma extraoficial, que a petroleira fará um novo reajuste nos preços dos combustíveis dentro de 20 dias.

Em comunicado ao mercado, porém, a Petrobras frisou que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado.Segundo a petroleira, ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes.

"A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais", diz o documento.

A declaração de Bolsonaro foi feita em meio à COP26, onde o presidente também afirmou que o governo estuda usar os dividendos recebidos pelo lucros da Petrobras para abater os aumentos no preço do diesel.

Vale lembrar ainda que as ações da Petrobras passam por um movimento de correção após recuo em torno de 6% na última sexta-feira, que refletiu tanto seu balanço quanto questões políticas.

A petroleira apresentou Ebitda ajustado de 60,744 bilhões de reais, abaixo da previsão de 61,63 bilhões de reais. A receita de vendas também ficou abaixo do esperado, em 121,6 bilhões de reais, ante estimativas de 122,60 bilhões em vendas, sendo que os mais otimistas esperavam por 129,40 bilhões de reais de receita. Por outro lado, o lucro líquido bateu 31,14 bilhões de reais, superando o consenso de 13,90 bilhões de reais.

Após a divulgação do balanço, Bolsonaro afirmou que a Petrobras tem "de ser uma empresa que dê um lucro não muito alto, como tem dado", o que ajudou a derrubar os papéis no último pregão.

*Com Reuters

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