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PANORAMA3-Bolsas derrapam com dados mistos nos EUA; dólar cai

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - As bolsas de valores norte-americanas até ensaiaram alguma melhora, mas o receio de que a recuperação econômica esteja desacelerando manteve os principais mercados financeiros cautelosos nesta quinta-feira. O dólar voltou a recuar ante o real e outras moedas. A queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos na […]

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2010 às 14h45.

SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - As bolsas de valores
norte-americanas até ensaiaram alguma melhora, mas o receio de
que a recuperação econômica esteja desacelerando manteve os
principais mercados financeiros cautelosos nesta quinta-feira.
O dólar voltou a recuar ante o real e outras moedas.

A queda nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados
Unidos na semana passada, contrariando previsões de alta, não
foi suficiente para ditar otimismo, já que a leitura do mercado
é de que as requisições continuam em níveis elevados
[ID:nN16111636].

Outro relatório nos EUA também não ajudou. O índice de
atividade empresarial do Federal Reserve da Filadélfia ficou em
menos 0,7 em setembro, ante menos 7,7 em agosto. Esperava-se
leitura de 2,0. Apesar de desacelerar as perdas, o indicador
manteve-se em terreno negativo, apontando queda na atividade.

Ao menos os riscos de deflação tiveram algum alívio, após o
Departamento de Trabalho informar que os preços no atacado dos
EUA subiram 0,4 por cento, com a primeira alta nos custos de
energia desde março. Os mercados esperavam avanço de 0,3 por
cento.

Com esse pano de fundo misto, o principal índice das ações
europeias fechou no menor nível em uma semana. A forte
demanda num leilão de bônus espanhois, por outro lado, suavizou
temores fiscais no continente, levando o euro à máxima em um
mês ante o dólar.

Wall Street operou na maior parte do dia em baixa, mas se
recuperou um pouco no final. A melhora nos EUA, contudo, não
contagiou a Bovespa, alvo de embolso de lucros em alguns
setores.

O dólar voltou a ceder ante o real, apesar dos dois leilões
de compra feitos pelo Banco Central. O movimento foi
influenciado pela queda da divisa no exterior .

Impulsionadas por fortes dados sobre a atividade doméstica,
as taxas de DI na BM&FBovespa subiram, também reagindo ao
leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional
[ID:nN16212337].

A economia brasileira criou 299.415 postos de trabalho com
carteira assinada em agosto, o melhor desempenho já registrado
para o mês. O governo divulgou ainda que a arrecadação federal
subiu a 62,721 bilhões de reais em agosto, crescimento de 15,32
por cento na comparação com julho [ID:nN16170825].

Veja como terminaram os principais mercados nesta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,716 real, em baixa de 0,64 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 0,65 por cento, a 67.662 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 4,77 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,41 por
cento, a 33.673 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,39 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,33 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3076 dólar, frente a
1,3004 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 137,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,714 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 13 pontos, a 193 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 8 pontos, a 272 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones ganhou 0,21 por cento, a 10.594
pontos, o S&P 500 teve oscilação negativa de 0,04 por
cento, a 1.124 pontos. O Nasdaq Composite registrou
oscilação positiva de 0,08 por cento, aos 2.303 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
caiu 1,45 dólar, ou 1,91 por cento, a 74,57 dólares por
barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,763
por cento ante 2,723 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)

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