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PANORAMA2-Pós-Fed deixa bolsas e câmbio voláteis

SÃO PAULO, 22 de setembro (Reuters) - As bolsas de valores mundiais operavam sem tendência comum nesta quarta-feira, com parte dos mercados repercutindo mal a análise pouco positiva feita pelo Federal Reserve sobre a economia norte-americana na véspera, enquanto outros focavam ganhos em alguns setores e subiam ou operavam perto da estabilidade. No mercado cambial […]

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Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2010 às 09h22.

SÃO PAULO, 22 de setembro (Reuters) - As bolsas de valores
mundiais operavam sem tendência comum nesta quarta-feira, com
parte dos mercados repercutindo mal a análise pouco positiva
feita pelo Federal Reserve sobre a economia norte-americana na
véspera, enquanto outros focavam ganhos em alguns setores e
subiam ou operavam perto da estabilidade.

No mercado cambial brasileiro, a manhã era de volatilidade,
com os investidores acompanhando o movimento mundial pós-Fed e
também na expectativa com eventuais ações do governo. O mercado
de juros futuros operava perto da estabilidade, em um dia de
agenda doméstica relativamente fraca.

O índice de bolsas mundiais tinha alta de
0,25 por cento. O europeu caía 1,3 por cento, enquanto
o Ibovespa subia 0,75 por cento. Em Wall Street, a
abertura do pregão foi volátil, predominando o tom ligeiramente
negativo.

Na véspera, o Fed deixou a porta aberta para mais
afrouxamento monetário, dizendo estar pronto para fazer mais
para dar suporte à economia.

Em Wall Street, ganhos de ações do setor de tecnologia
impediam uma queda mais forte, e no Brasil o destaque de alta
era a Vale .

A agenda mundial do dia é fraca. Na zona do euro, as
encomendas à indústria caíram 2,4 por cento em julho sobre
junho, com alta anual 11,2 por cento. A previsão do mercado era
de queda mensal de 1,1 por cento e avanço ano a ano de 16,3 por
cento [ID:nN22225114].

Nos Estados Unidos, os preços de moradias recuaram em julho
pelo segundo mês seguido, em 0,5 por cento [ID:nN22235237].

No Brasil, a FGV informou que a confiança do consumidor
aumentou 0,7 por cento em setembro ante agosto [ID:nN22220732],
e o Banco Central disse que o crédito total disponibilizado
pelo sistema financeiro no Brasil cresceu 2,2 por cento em
agosto, a maior alta desde julho de 2009 [ID:nN22216703].

O BC também mostrou que a inadimplência caiu de 4,9 por
cento em julho para 4,8 por cento na passagem de julho para
agosto, e elevou a previsão para o aumento do crédito em 2010,
de 20 para 22 por cento.

Entre as notícias corporativas, a Gerdau optou
por uma emissão de 10 anos depois de receber retornos de
investidores durante sua campanha global [ID:nN22223351], e a
Marfrig obteve a aprovação de um órgão regulador da
União Europeia para adquirir a Keystone Foods, em um negócio de
1,26 bilhão de dólares [ID:nN22258820].

O dólar tinha uma sessão volátil ante o real. Depois de
operar em queda toda a manhã, a moeda tinha leve alta, em um
dia de ansiedade sobre eventuais ações do governo para conter a
queda do dólar. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterou
a jornalistas que o Fundo Soberano pode comprar dólares no
mercado à vista e esclareceu que o operador das compras será o
Banco Central, segundo a Agência Estado.

Ante uma cesta com as principais moedas do mundo, o dólar
caía quase 1 por cento, após o Fed aumentar a
probabilidade de mais estímulo. O mercado também operava atento
ao Japão, onde o primeiro-ministro, Naoto Kan, disse que o país
está pronto para agir novamente se o iene se mover muito
rapidamente [ID:nN22208165].

Veja como estavam os principais mercados às 12h16 desta
quarta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,723 real, em alta de 0,29 por cento
em relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subia 0,78 por cento, a 68.250 pontos. O volume
financeiro na bolsa era de 2,7 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,44 por
cento, a 33.714 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,51 por cento ao ano, ante
11,50 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3406 dólar, ante
1,3255 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
saía a 137,875 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,681 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 1 ponto, a 214 pontos-básicos. O EMBI+
caía 2 pontos, a 290 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones cedia 0,2 por cento, a 10.740
pontos, e o S&P 500 recuava 0,38 por cento, a 1.135
pontos. O Nasdaq Composite tinha baixa de 0,74 por
cento, aos 2.332x pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais próximo
caía 0,5 dólar, a 74,49 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, x ponto, oferecendo rendimento de 2,5279
por cento, ante 2,576 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Aluísio Alves)

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