SÃO PAULO, 16 de setembro (Reuters) - A agenda carregada de
indicadores proporcionava uma oportunidade para realização de
lucros nas bolsas norte-americanas nesta quinta-feira. No
Brasil, o crescimento do emprego formal movimentava o pregão de
juros futuros e o dólar voltava a cair.

O viés ligeiramente negativo nas bolsas globais já era
percebido no começo da manhã e se manteve após a notícia de que
o número de pedidos de auxílio-desemprego, apesar de uma
pequena queda, continuou em um nível relativamente alto na
semana passada nos Estados Unidos. [ID:nN16250077]

Os pedidos diminuíram em 3 mil, para o menor nível em dois
meses, de acordo com o Departamento de Trabalho. Ainda assim,
permaneceu na casa de 450 mil solicitações.

Entre outros indicadores, o índice de atividade
manufatureira no Meio-Atlântico se contraiu pelo segundo mês
consecutivo em setembro, com resultado de menos 0,7, após menos
7,7 em agosto. [ID:nN16270869]

Por outro lado, em uma notícia tida como positiva, os
preços no atacado dos Estados Unidos subiram 0,4 por cento no
mês passado, acima da previsão de 0,3 por cento graças ao
aumento dos preços de energia. O relatório diminuiu a
preocupação com uma possível deflação. [ID:nN16245214]

No mercado de câmbio, que concentrou as atenções no dia
anterior após uma intervenção do Banco do Japão e de incertezas
sobre a atuação do BC no Brasil, o dólar retomava a tendência
de queda, com baixa cento ante as principais moedas e em
relação ao real.

Já o mercado de juros futuros repercutia, além do
tradicional leilão de títulos prefixados do Tesouro, o recorde
de criação de vagas formais em agosto. De acordo com o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), houve criação de
299.415 postos de trabalho no mês passado.

As taxas futuras subiam na BM&FBovespa com a perspectiva de
que a força do mercado de trabalho possa antecipar a volta de
um ciclo de aperto monetário pelo Banco Central.

No cenário político, o mercado recebia a notícia de que a
ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, pediu demissão
após denúncias feitas pela revista Veja e pelo jornal Folha de
S. Paulo. Fontes confirmaram à Reuters o pedido.

Veja como estavam os principais mercados às 12h46 desta
quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,722 real, em baixa de 0,29 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa cedia 0,45 por cento, para 67.798 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,88 bilhão de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros tinha variação
negativa de 0,04 por cento, a 33.521 pontos.

JUROS

Os contratos de DI exibiam alta, com o DI janeiro de 2012
em 11,39 por cento ao ano ante 11,33 por cento no ajuste
anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3071 dólar,
ante 1,3004 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 137,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,714 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil desabava 17 pontos, para 189 pontos-básicos.
O EMBI+ caía 10 pontos, a 269 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones tinha declínio de 0,21 por cento,
a 10.550 pontos, o S&P 500 retrocedia 0,43 por cento, a
1.120 pontos, e o Nasdaq tinha retração de 0,38 por
cento, aos 2.292 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto perdia 1,36
dólar, ou 1,8 por cento, a 74,66 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,7882
por cento ante 2,723 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Silvio Cascione; Edição de Aluísio Alves)