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PANORAMA-Moodys e China dividem sentimento sobre crise europeia

SÃO PAULO, 21 de dezembro (Reuters) - A Europa permanecia no foco das atenções nos mercados externos nesta terça-feira. Declarações de apoio do vice-premiê chinês Wang Qishan ao plano de estabilização financeira conjunto da União Europeia e do FMI repercutiam positivamente, enquanto a decisão da Moodys de colocar o rating soberano de Portugal em revisão […]

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2010 às 06h46.

SÃO PAULO, 21 de dezembro (Reuters) - A Europa permanecia
no foco das atenções nos mercados externos nesta terça-feira.
Declarações de apoio do vice-premiê chinês Wang Qishan ao plano
de estabilização financeira conjunto da União Europeia e do FMI
repercutiam positivamente, enquanto a decisão da Moodys de
colocar o rating soberano de Portugal em revisão para possível
rebaixamento limitava os ânimos nos negócios, onde os volumes
seguem reduzidos.

No Brasil, investidores também devem monitorar o
comportamento IPCA-15 de dezembro e dados do balanço de
pagamentos do país. Em relação ao índice do IBGE, As 17
projeções apuradas pela Reuters para o indicador variaram de
alta de 0,73 a 0,84 por cento, com mediana em 0,80 por cento.
Em novembro, o indicador subiu 0,86 por cento.

A Moodys Investor Service disse que pode rebaixar a nota
A1 de Portugal em um ou dois níveis após uma revisão que não
deve demorar mais do que três meses, citando perspectivas
fracas de crescimento e elevado custo para financiamento.

O vicê-premiê chinês Wang Qishan, por sua vez, disse que
Pequim tem feito sua parte para ajudar a amenizar os problemas
europeus e que tinha esperanças de que a crise fosse resolvida
em breve. "A China apoia a série de medidas tomadas pela UE e
FMI para estabilizar os mercados financeiros, e a China tem
tomado medidas concretas para ajudar alguns países europeus
lidar com sua crise de dívida soberana."

No mercado de moedas, o euro sustentava alta de 0,25 por
cento, a 1,3160 dólar, o que influenciava o declínio de 0,25
por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma
cesta de divisas. Em tal cenário, o petróleo ganhava 0,28 do
lar, para 89,65 dólares o barril, nas operações eletrônicas em
Nova York.

No segmento acionário, o índice MSCI para ações globais
subia 0,52 por cento, enquanto o para ações emergentes
aumentava 0,79 por cento.

O comportamento das commodities, particularmente os
recordes de alta do cobre, reforçava a trajetória ascendente do
europeu FTSEurofirst 300, que avançava 0,61 por cento. Nos
Estados Unidos, o contrato futuro do S&P 500 registrava
acréscimo de 2,7 pontos, em mais uma sessão vazia de
indicadores econômicos.

As praças acionárias asiáticas fecharam no azul, com o
Nikkei subindo 1,51 por cento em Tóquio, após dois pregões
seguidos de queda motivarem compras. O índice da bolsa de
Xangai valorizou-se 1,79 por cento.

Veja a variação dos principais mercados na segunda-feira:

CÂMBIO

O dólar terminou a 1,708 real, em queda de 0,41 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa recuou 1,06 por cento, para 67.263 pontos. O
volume financeiro na bolsa foi de 10,62 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros tinha queda de 0,70
por cento, a 34.887 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,88 por cento ao ano, ante
11,85 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3122 dólar, ante
1,3180 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
caía a 135,438 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,814 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 25 pontos, para 174 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 11 pontos, a 247 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones
tinha ligeira queda de 0,1 por cento, a 11.480 pontos; o S&P
500 subia 0,26 por cento, a 1.247 pontos, e o Nasdaq
tinha valorização de 0,30 por cento, a 2.650 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
subiu 0,79 dólar, ou 0,9 por cento, a 88,81 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, mostrava estabilidade, oferecendo
rendimento de 3,3339 por cento ante 3,338 por cento no
fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

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