Mercados

Ouro tem quinta queda seguida com alívio sobre Ucrânia

Ganhos recentes nos mercados de ações e o alívio das tensões na Ucrânia afastam investidores do metal precioso


	Ouro: contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, perdeu US$ 11,10 (0,9%)
 (Mario Tama/Getty Images)

Ouro: contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, perdeu US$ 11,10 (0,9%) (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2014 às 16h16.

Nova York - Os contratos futuros do ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam em queda pela quinta sessão consecutiva, no menor patamar em quatro meses.

Ganhos recentes nos mercados de ações e o alívio das tensões na Ucrânia afastam investidores do metal precioso.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, perdeu US$ 11,10 (0,9%), encerrando a US$ 1.246,00 a onça-troy, menor fechamento desde 31 de janeiro, de acordo com dados da FactSet.

Na semana, os preços acumularam baixa de 3,5% e, no mês, de 3,9% - as maiores quedas semanais e mensais de 2014.

O metal precioso, considerado um refúgio em tempos de riscos políticos e econômicos elevados, se beneficiaram do pior impasse entre Ocidente e Rússia desde o fim da Guerra Fria.

O ouro avançou 16% entre o início do ano e 17 de março, quando a crise na Ucrânia se intensificou.

Desde então, os preços têm caído, com investidores enxergando o conflito cada vez mais com algo regional, sem possibilidade de ultrapassar as fronteiras da Ucrânia.

Essa visão foi fortalecida esta semana, depois que o novo presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, despertou esperanças de uma resolução do embate entre Kiev e Moscou.

Com as tensões políticas perdendo força e os mercados acionários atingindo máximas recorde, investidores aproveitaram para vender o metal.

"Esta semana, foi uma combinação das eleições ucranianas indo bem, assim como a quebra de novos recordes históricos do S&P (500) que enviaram os futuros de ouro para mínimas que não eram vistas desde o início de fevereiro", disse o analista Tyler Richey, do 7:00s Report.

"Daqui para frente, a inflação continua sendo o principal catalisador e, embora existam sinais de que ela está saindo do piso (não só nos EU como em nível global), isso ainda não será o suficiente para iniciar um rali de ouro."

Os dados sobre consumo de hoje também contribuíram para uma perspectiva de demanda fraca pelo metal precioso, o que pesou sobre as cotações.

Os gastos com consumo pessoal caíram 0,1% nos Estados Unidos em abril ante março, primeiro recuo em um ano.

Além disso, o índice de confiança do consumidor no país, medido por Reuters/Universidade de Michigan, caiu para 81,9 em maio, de 84,1 no fim da abril, abaixo da expectativa dos analistas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CommoditiesMetaisOuro

Mais de Mercados

CVC sobe 7% na bolsa com poison pill e alta das ações domésticas

Em meio a pressão por boicotes, ação do Carrefour sobe 3,31%

O saldo final – e os vencedores – da temporada de balanços do 3º tri, segundo três análises

Warren Buffett doa US$ 1,1 bilhão em ações da Berkshire Hathaway: "Nunca quis criar uma dinastia"