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Ouro cai após tocar menor nível em 3 meses na sessão

Otimismo relativo à questão do abismo fiscal levou a queda nos contratos após estabilidade no início da sessão


	O contrato mais negociado do metal encerrou sessão com valorização de 1,63%
 (Creative Commons)

O contrato mais negociado do metal encerrou sessão com valorização de 1,63% (Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 16h55.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), fecharam nesta terça-feira no menor nível em mais de três meses. O progresso nas negociações para evitar o abismo fiscal nos Estados Unidos provocou uma onda de vendas, com os investidores mais otimistas deixando a segurança do ouro para se arriscar em outros mercados.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para fevereiro, perdeu US$ 27,50 (1,63%) e fechou a US$ 1.670,70 a onça-troy, menor nível desde o dia 30 de agosto.

O ouro saiu neste pregão de sua média móvel de 200 dias, um indicador de tendência dos preços a longo prazo que é acompanhado de perto pelo mercado. Analistas explicam que o fato também pode ter influenciado a onda de vendas. Segundo o analista Matt Zeman, da Kingsview Financial, a média estava em US$ 1.687,50.

Os preços do ouro começaram a sessão estáveis, mas passaram a operar no negativo após o presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, o republicano John Boehner, anunciar que usará um plano B para buscar um acordo com a Casa Branca que evite o abismo fiscal - uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos automáticos que entrarão em vigor no começo do ano que vem, caso não haja acordo.


O diferencial da nova proposta é o fato de não incluir cortes de gastos em programas sociais como o Medicare (programa de saúde do governo para idosos) e a Previdência Social.

O mercado imobiliário também mostrou progresso nos EUA. A Associação Nacional das Construtoras de Casas (NAHB) divulgou que o índice de confiança das construtoras do país subiu do número revisado de 45 em novembro para 47 em dezembro, na oitava alta consecutiva. Além disso, trata-se do maior nível desde abril de 2006, em um forte sinal de que o mercado imobiliário cresce de maneira constante. Os analistas consultados pela Dow Jones esperavam uma alta para 46.

De acordo com analistas, alguns investidores optaram por evitar novas negociações com a aproximação do fim do ano. As informações são da Dow Jones.

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