Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,75%, o Nasdaq ganhava 0,92% e o S&P 500 tinha alta de 0,74% (Spencer Platt/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2013 às 11h23.
Nova York - A segunda-feira começa em Wall Street com os investidores menos pessimistas sobre os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed) e as bolsas norte-americanas devem iniciar a semana em alta, sinalizam os índices futuros.
Uma sensação semelhante também é vista em outras regiões, como na Europa e Ásia, em meio à expectativa para o início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), que define a estratégia do Fed e começa nesta terça-feira, 18. Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,75%, o Nasdaq ganhava 0,92% e o S&P 500 tinha alta de 0,74%.
Mais que a reunião em si, o interesse maior dos investidores são o comunicado e a entrevista à imprensa do presidente do Fed, Ben Bernanke, logo depois do encontro, em busca de qualquer pista sobre os próximos passos da estratégia de compras mensais de ativos, atualmente em US$ 85 bilhões.
O mercado não espera que sejam anunciadas mudanças no programa de ativos nesta reunião, que acaba na quarta-feira, 19. A aposta maior é que as alterações no ritmo de compras mensais comecem entre setembro ou outubro, segundo 62% dos economistas ouvidos em uma pesquisa da Blue Chip Economic Indicators.
Outros 35% apostam que as mudanças serão em dezembro e o restante em julho do ano que vem. Por isso, os investidores ficarão atentos à qualquer alteração no tom nas declarações ou novas expressões de Bernanke em sua apresentação aos jornalistas.
"Bernanke disse no Congresso em maio que a política de estímulos poderia mudar nas próximas reuniões. Agora ele terá oportunidade de se explicar melhor. Será uma chance de o Fed tornar mais clara sua comunicação", avalia a equipe de análise do HSBC em um email a clientes nesta segunda-feira.
O banco inglês prevê mudanças na política de estímulos a partir de dezembro, por conta da recuperação ainda moderada da atividade econômica.
O interesse pelas falas de Bernanke é tão alto que a diretora gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, disse, na sexta-feira, 14, que há atualmente no mercado uma gama de investidores e economistas "intérpretes dos comunicados e discursos" de Bernanke e que ela não queria se juntar a eles. Para o FMI, o Fed deve manter o programa inalterado este ano e começar reduções graduais em 2014.
Além do Fed, a agenda desta semana prevê o anúncio de vários indicadores, sobretudo com números do setor imobiliário e construção civil. Nesta manhã, foi anunciado o índice de atividade industrial Empire State, do Federal Reserve de Nova York.
O indicador ficou em 7,84 em junho, ante -1,4 no mês passado. O número superou a previsão dos analistas, que esperavam que ele avançasse para zero, segundo a Dow Jones. Pela metodologia, índices acima de zero indicam expansão da atividade industrial.
O próximo indicador a ser anunciado nesta segunda-feira, 17, será o índice de confiança das construtoras, também de junho, às 11h (de Brasília). Em maio, o índice estava em 44 e a equipe de economistas do banco BMO Capital Markets espera que ele fique estável este mês.
As vendas de imóveis continuam crescendo, assim como os preços seguem subindo, mais a alta recente nas taxas do crédito hipotecário deve influenciar na confiança dos construtores, na medida em que pode sinalizar uma futura redução no ritmo de vendas, alerta o banco.
No noticiário corporativo, a notícia do dia é a proposta que a operadora norte-americana AT&T teria feito para se fundir com a espanhola Telefónica, de acordo com o jornal El Mundo. Em um comunicado, a Telefónica disse não ter recebido tal proposta. No pré-mercado, as ações da AT&T não estavam sendo negociadas nesta manhã.
Ao longo da semana, as ações de empresas aéreas devem concentrar as atenções dos investidores. Começa nesta segunda-feira, 17, em Paris um dos maiores encontros mundiais do setor, o Paris International Air Show, que este ano está em sua 50ª edição e reúne fabricantes de aviões, companhias aéreas e a rede de fornecedores. O comando das maiores fabricantes do mundo, Boeing e Airbus, estará no evento.