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Orlando, o gato gestor, vence disputa com profissionais

Desafio proposto pelo jornal The Observer reacende os debates sobre o “andar aleatório” das ações

Esse não é Orlando, mas o experimento poderia ser feito com qualquer gato (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 19h02.

São Paulo – O gestor de ações Orlando venceu um desafio proposto pelo jornal semanal britânico The Observer de escolha de ações durante 2012. Além de Orlando, faziam parte da disputa um grupo de experientes profissionais de mercado ( Killick & Co, Seven Investment Management e Schroders) e estudantes da escola John Warner, da cidade de Hoddesdon (a quase 40 quilômetros de Londres).

Os profissionais venceram os estudantes, mas não Orlando. Ate aí, tudo normal. Mas Orlando é um gato. E ele fazia as suas escolhas de ações ao deixar o seu brinquedo preferido sobre o nome da empresa a qual gostaria de “investir”. Um bocado constrangedor para os investidores com anos de vivência financeira.

Regras

O desafio teve início no começo de 2012 e tinha poucas regras. Cada competidor poderia alocar 5 mil libras em até 5 companhias diferentes do índice FTSE All-Share. A cada três meses, as apostas poderiam ser trocadas por outras do mesmo índice. Até o final de setembro tudo parecia bem.

Os profissionais tinham conseguido um lucro de 497 libras, comparado com 292 de Orlando. Mas uma reviravolta no último trimestre no portfólio felino elevou o lucro para 542,60 dólares, contra 176,60 dólares dos profissionais. Os estudantes perderam, ao final do desafio, 160 libras.

Andar aleatório

“O desafio levantou a questão sobre o quanto os profissionais, com décadas de conhecimento, poderiam ter um desempenho acima de estudantes novatos de finanças – ou se uma seleção aleatória de ações escolhidas por Orlando poderia ir tão bem quando os investidores experientes”, argumenta a reportagem.

Não é a primeira vez que animais confrontam gestores de ações em experimentos do tipo, que tentam dar voz à teoria do “andar aleatório” ou “o andar do bêbado”.

A hipótese do andar aleatório (random walk) foi popularizada, como lembra o The Observer, pelo economista Burton Malkiel em seu livro “A Random Walk Down Wall Street”. A ideia é de que os preços de ações se movem de uma maneira completamente aleatória, o que tornaria o mercado de ações totalmente imprevisível.

Em 2009, um Chimpanzé na Rússia venceu um desafio semelhante ao escolher as suas ações jogando dardos sobre um alvo com nomes de empresas. O portfólio primata venceu os gestores russos com um desempenho 94% melhor.

O Observer finaliza o texto da matéria lamentando uma tentativa frustrada de entrevistar Orlando. “Uma porta-voz de Orlando disse que ele não estava disponível para dar uma entrevista por conta de ‘garras’ em seu contrato”.

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São Paulo – O gestor de ações Orlando venceu um desafio proposto pelo jornal semanal britânico The Observer de escolha de ações durante 2012. Além de Orlando, faziam parte da disputa um grupo de experientes profissionais de mercado ( Killick & Co, Seven Investment Management e Schroders) e estudantes da escola John Warner, da cidade de Hoddesdon (a quase 40 quilômetros de Londres).

Os profissionais venceram os estudantes, mas não Orlando. Ate aí, tudo normal. Mas Orlando é um gato. E ele fazia as suas escolhas de ações ao deixar o seu brinquedo preferido sobre o nome da empresa a qual gostaria de “investir”. Um bocado constrangedor para os investidores com anos de vivência financeira.

Regras

O desafio teve início no começo de 2012 e tinha poucas regras. Cada competidor poderia alocar 5 mil libras em até 5 companhias diferentes do índice FTSE All-Share. A cada três meses, as apostas poderiam ser trocadas por outras do mesmo índice. Até o final de setembro tudo parecia bem.

Os profissionais tinham conseguido um lucro de 497 libras, comparado com 292 de Orlando. Mas uma reviravolta no último trimestre no portfólio felino elevou o lucro para 542,60 dólares, contra 176,60 dólares dos profissionais. Os estudantes perderam, ao final do desafio, 160 libras.

Andar aleatório

“O desafio levantou a questão sobre o quanto os profissionais, com décadas de conhecimento, poderiam ter um desempenho acima de estudantes novatos de finanças – ou se uma seleção aleatória de ações escolhidas por Orlando poderia ir tão bem quando os investidores experientes”, argumenta a reportagem.

Não é a primeira vez que animais confrontam gestores de ações em experimentos do tipo, que tentam dar voz à teoria do “andar aleatório” ou “o andar do bêbado”.

A hipótese do andar aleatório (random walk) foi popularizada, como lembra o The Observer, pelo economista Burton Malkiel em seu livro “A Random Walk Down Wall Street”. A ideia é de que os preços de ações se movem de uma maneira completamente aleatória, o que tornaria o mercado de ações totalmente imprevisível.

Em 2009, um Chimpanzé na Rússia venceu um desafio semelhante ao escolher as suas ações jogando dardos sobre um alvo com nomes de empresas. O portfólio primata venceu os gestores russos com um desempenho 94% melhor.

O Observer finaliza o texto da matéria lamentando uma tentativa frustrada de entrevistar Orlando. “Uma porta-voz de Orlando disse que ele não estava disponível para dar uma entrevista por conta de ‘garras’ em seu contrato”.

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