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Orizon cria JV com maior produtora de biometano da América Latina no Rio

A sociedade será administrada pela Bio-E, subsidiária da Orizon VR, com 50% de participação; e pela Gás Verde, que deterá a outra metade

Nova JV para biometano: produção de 2.150.000 m³ por dia até 2028 (Leandro Fonseca/Exame)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 23 de dezembro de 2024 às 15h34.

O Grupo Orizon e a Gás Verde, a maior produtora de biometano da América Latina, anunciaram nesta segunda-feira, 23, sociedades para construção e operação de duas plantas de biometano nos ecoparques de São Gonçalo e Nova Iguaçu, ambos no Rio de Janeiro. Até 2028, estima-se que o mercado nacional deve atingir uma produção de biometano de 2.150.000 m³ por dia.

A sociedade será administrada pela Bio-E, subsidiária da Orizon VR , com 50% de participação; e pela Gás Verde, que deterá a outra metade. As empresas vão construir em conjunto um plano de negócio que definirá os investimentos a serem realizados.

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“Unimos nossas expertises, eficiências e vantagens competitivas para multiplicar a oferta de biometano – gás natural 100% renovável – no Brasil de maneira relevante. A transação amplia nosso portfólio, contribui para o crescimento de nossas operações, com a meta de oferecer soluções sustentáveis para a valorização do resíduo, e fortalece nosso posicionamento de cooperar com uma transição energética mais justa”, diz Milton Pilão, CEO da Orizon.

A produção do biometano das duas unidades será viabilizada a partir do biogás derivado dos Ecoparques do Grupo Orizon, com capacidade de produção de cerca de 100 mil m³ por dia em cada planta.

Por meio do acordo, a Orizon aumenta a carteira de ativos de biometano e diversifica a base de parceiros estratégicos. A parceria também amplia, de maneira considerável, a oferta do gás natural renovável no país, que permite maior eficiência para apoiar as indústrias a alcançarem metas de descarbonização.

Para a Gás Verde, que produz biometano a partir de resíduos de aterros sanitários e detém mais de 50% do mercado brasileiro, a sociedade permite avançar na expansão da companhia, que planeja converter 10 térmicas a biogás localizadas em seis estados no país, aumentando a produção para 600 mil m3/dia até 2028. Hoje, a Gás Verde produz 160 mil m3/dia a partir de suas plantas localizadas no Rio de Janeiro, a maior da América Latina, e em São Paulo.

“Vamos ampliar a oferta de biometano para o mercado, que já enxerga no biometano a solução eficaz para descarbonização da indústria e de frotas leves e pesadas. O biometano é um combustível 100% renovável, produzido a partir de resíduos urbanos, e que permite que as empresas reduzam suas emissões, sendo também uma solução para o passivo ambiental das cidades”, disse o CEO da Gás Verde, Marcel Jorand.

Demanda e movimentação

No último semestre, a Orizon fechou novos acordos para a expansão de suas plantas. Em julho, assinou o contrato de compra e venda de biometano produzido no Ecoparque de Itapevi, com a Edge. Já em setembro e outubro, anunciou o acordo com a Estre Ambiental para exploração do Biogás dos aterros de Piratininga, Guatapará e Fazenda Rio Grande. Em novembro, celebrou o contrato de compra e venda de biometano produzido no Ecoparque de Tremembé para a Neogás, com garantia da Companhia Ultragaz, empresa do Grupo Ultra.

“Hoje, a Orizon opera 17 ecoparques em 12 estados brasileiros que possuem capacidade estimada de geração de 2,7 milhões de m³ de biogás por dia. Ao longo dos próximos anos, como já divulgamos anteriormente, a Companhia fará investimentos para a construção de plantas que poderão gerar até 1,3 milhão de m³ por dia de biometano. Esse volume que será fundamental para promover a descarbonização da economia e uma transição energética mais eficaz”, avalia Pilão.

O biometano produzido pela Gás Verde abastece grandes indústrias, como a siderúrgica Ternium e a fabricante de bebidas Ambev, e as multinacionais Haleon, Vesuvius e Nestlé, além de abastecer 100% a frota inbound (da fábrica até o centro de distribuição) da L’Oréal em São Paulo. Fornece o gás, ainda, para 30 postos de combustíveis no estado do Rio de Janeiro, uma vez que o biometano é intercambiável com o gás natural.

A Gás Verde também vai inaugurar, em 2025, uma planta de CO2 verde beverage grade, em Seropédica (RJ), a primeira oriunda no Brasil de uma corrente de biometano. A ideia é promover a economia circular e substituir o CO2 de origem fóssil por indústrias de diferentes setores como Alimentos e Bebidas, Metalurgia, Saneamento, entre outras.

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