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Operadores compram discurso do BC e precificam alta do juro

As taxas dos contratos de Deposito Interfinanceiro para janeiro de 2014 aumentaram neste mês no ritmo mais rápido em mais de um ano, para 7,81%


	Alexandre Tombini: o presidente do Banco Central disse que a política monetária poderia mudar para conter a inflação, atualmente em 6,15 por cento
 (Wilson Dias/ABr)

Alexandre Tombini: o presidente do Banco Central disse que a política monetária poderia mudar para conter a inflação, atualmente em 6,15 por cento (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2013 às 08h57.

São Paulo -  Os operadores estão mais confiantes de que o governo irá domar a inflação com uma alta na taxa básica de juros neste primeiro semestre para evitar mais aumentos no longo prazo.

As taxas dos contratos de Deposito Interfinanceiro para janeiro de 2014 aumentaram neste mês no ritmo mais rápido em mais de um ano, para 7,81 por cento, depois que diretores do Banco Central expressaram preocupação de que a alta dos preços está acelerando. Ao mesmo tempo, as taxas dos contratos com vencimento em janeiro de 2023 caíram para 9,75 por cento.

A diferença entre as duas é a menor em quatro meses, um sinal para os operadores de que o banco central irá agir para conter a inflação, que teve o maior aumento em quase oito anos no mês passado. A diferença em relação às taxas de títulos prefixados do México com vencimentos comparáveis aumentou 0,14 ponto percentual em fevereiro.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alimentou especulações de alta no juro básico depois de dizer, em 15 de fevereiro, que o governo fará o que for necessário para frear a inflação e sinalizar que um aumento do juro é uma opção.

As taxas dos contratos de DI para janeiro, que refletem a visão dos operadores sobre a taxa Selic no início de 2014, aumentaram para a máxima em nove meses depois desses comentários. O presidente do BC, Alexandre Tombini, disse quatro dias depois que a política monetária poderia mudar para conter a inflação, atualmente em 6,15 por cento.

“O BC agora está adotando uma postura mais proativa no controle da inflação”, disse Luciano Rostagno, estrategista- chefe do Banco WestLB do Brasil SA, em entrevista por telefone de São Paulo. “Se o banco antecipar esse movimento e aumentar a Selic no curto prazo, ele reduz a possibilidade de um aumento maior depois”.

Depois que o IPCA subiu 0,86 por cento em janeiro, os operadores estão apostando que o BC irá começar a aumentar a Selic em abril ou maio, de acordo com Pedro Ferman, estrategista de renda fixa da Máxima Asset Management. O primeiro aumento provavelmente será de 50 pontos-base em relação ao patamar mínimo histórico atual, de 7,25 por cento.

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