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OGX tem maior baixa desde dezembro com poço seco

Ações chegaram a cair 1,7% durante um dia, chegando ao menor valor desde 21 de dezembro

Barris de petróleo: 1-OGX-23 é o 3º poço seco em Santos controlado pela empresa (Spencer Platt/Getty Images)

Barris de petróleo: 1-OGX-23 é o 3º poço seco em Santos controlado pela empresa (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 12h14.

Rio de Janeiro - A OGX Petróleo & Gás Participações SA, empresa de petróleo controlada pelo bilionário Eike Batista, teve a maior baixa em mais de três semanas depois de a empresa ter declarado em comunicado que o poço 1-OGX-23 não é comercialmente viável.

A ação caía 1,3 por cento, para R$ 20,48, na BM&FBovespa às 12h17. A ação chegou a cair 1,7 por cento, maior baixa desde 21 de dezembro.

O poço 1-OGX-23, localizado a 107 quilômetros da costa em águas rasas, é o terceiro poço sem petróleo encontrado pela companhia na Bacia de Santos.

“Santos é uma área de mais risco comercial”, disse o analista do Banco do Brasil SA, Nelson Rodrigues de Matos, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Potencialmente, a OGX vai devolver blocos” à Agência Nacional de Petróleo, em vez de continuar investindo na exploração se continuar encontrando poços secos, disse ele.

A OGX tem 100 por cento da exploração do bloco onde o poço foi feito, próximo a uma descoberta feita em setembro.

Após mudar suas operações para águas menos exploradas na Bacia de Santos, a OGX encontrou três poços secos num total de seis perfurados, segundo o website da companhia. Até então, a OGX havia descoberto hidrocarbonetos em todos os 17 poços que perfurou na Bacia de Campos, onde é produzido mais de 80 por cento do petróleo brasileiro.

Em 2009, a OGX estimava ter 6,7 bilhões de barris em reservas potenciais, número que está revisando para incluir descobertas recentes. A companhia, que abriu capital em 2008, reuniu uma equipe de geologistas que trabalharam na estatal Petróleo Brasileiro SA para atingir seu objetivo de produzir 1,4 milhões de barris por dia até 2019. Esse volume seria superior à metade da produção atual do Brasil.

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