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OGX despenca, Bolsa cai e fecha na contramão externa

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,35%, aos 53.108,93 pontos

Bolsa de valores de São Paulo: onda de consolidação coloca a BM&F Bovespa sob pressão (Luciana Cavalcanti/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de junho de 2012 às 18h09.

São Paulo - O cenário externo deu uma trégua nesta quarta-feira, mas a escorregada das ações da OGX impediu a Bovespa de acompanhar seus pares internacionais e a fez amargar mais um dia de queda. Perto do fim da sessão, a ampliação das perdas de Petrobras contribuiu para aprofundar a baixa do principal índice paulista.

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,35%, aos 53.108,93 pontos. Na mínima, o índice atingiu 53.084 pontos (-1,40%) e, na máxima, chegou a 54.006 pontos (+0,31). No mês, a Bolsa acumula queda de 2,53% e, no ano, de 6,42%. O giro financeiro ficou em R$ 5,953 bilhões. Os dados são preliminares.

Os papéis ON da OGX encerraram o dia com forte queda de 25,33%, a R$ 6,25. O movimento reflete a decepção dos investidores com o anúncio sobre a operação do campo de Tubarão Azul. A empresa informou na noite passada que, depois de aproximadamente cinco meses de operação do Teste de Longa Duração (TLD) em Tubarão Azul (prévia acumulação de Waimea), definiu a vazão ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia para cada um dos dois primeiros poços nesse estágio inicial, ainda sem injeção de água. O número ficou muito aquém do esperado pelo mercado.

O Bank Of America Merrill Lynch rebaixou a recomendação para as ações da empresa de "neutral" (em linha com o desempenho do mercado) para "underperform" (desempenho abaixo da média). O preço-alvo foi reduzido de R$ 19,50 para R$ 7,30.


As ações da Petrobras caíram menos. O papel ON perdeu 1,67% e o PN recuou 2%. Segundo um operador, a desvalorização mais acentuada no fim da tarde é atribuída à leitura de alguns profissionais de que o "PAC Equipamentos", anunciado mais cedo pelo governo, pode não ser bom para a estatal e, pior, reforça, mais uma vez, a ingerência do governo na companhia. "No segmento da Petrobras, a indústria nacional não tem máquinas de qualidade e podem ser compradas com um preço maior do que as de qualidade superior. Privilegiar a indústria nacional não significa qualidade, pelo contrário", disse o profissional se referindo, especificamente, às máquinas usadas no segmento de atuação da Petrobras.

Vale também teve um dia de baixa, com o papel ON caindo 0,40% e o PNA cedendo 0,23%.

O pregão, entretanto, não foi só de perdas. As ações dos bancos terminaram em alta, refletindo a expectativa de que a inadimplência deva cair nos próximos meses. A ação do Bradesco subiu 1,57%, Itaú Unibanco ganhou 1,29% e Banco do Brasil ON avançou 0,80%.

Lá fora, a divulgação de indicadores econômicos positivos nos Estados Unidos ajudou as bolsas a fechar no azul. O mercado, porém, segue sem esperanças com a cúpula da União Europeia (UE) que acontece quinta e sexta-feira.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com ganho de 0,74%, o S&P 500 avançou 0,90% e o Nasdaq subiu 0,74%.

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São Paulo - O cenário externo deu uma trégua nesta quarta-feira, mas a escorregada das ações da OGX impediu a Bovespa de acompanhar seus pares internacionais e a fez amargar mais um dia de queda. Perto do fim da sessão, a ampliação das perdas de Petrobras contribuiu para aprofundar a baixa do principal índice paulista.

O Ibovespa encerrou com declínio de 1,35%, aos 53.108,93 pontos. Na mínima, o índice atingiu 53.084 pontos (-1,40%) e, na máxima, chegou a 54.006 pontos (+0,31). No mês, a Bolsa acumula queda de 2,53% e, no ano, de 6,42%. O giro financeiro ficou em R$ 5,953 bilhões. Os dados são preliminares.

Os papéis ON da OGX encerraram o dia com forte queda de 25,33%, a R$ 6,25. O movimento reflete a decepção dos investidores com o anúncio sobre a operação do campo de Tubarão Azul. A empresa informou na noite passada que, depois de aproximadamente cinco meses de operação do Teste de Longa Duração (TLD) em Tubarão Azul (prévia acumulação de Waimea), definiu a vazão ideal de 5 mil barris de óleo equivalente por dia para cada um dos dois primeiros poços nesse estágio inicial, ainda sem injeção de água. O número ficou muito aquém do esperado pelo mercado.

O Bank Of America Merrill Lynch rebaixou a recomendação para as ações da empresa de "neutral" (em linha com o desempenho do mercado) para "underperform" (desempenho abaixo da média). O preço-alvo foi reduzido de R$ 19,50 para R$ 7,30.


As ações da Petrobras caíram menos. O papel ON perdeu 1,67% e o PN recuou 2%. Segundo um operador, a desvalorização mais acentuada no fim da tarde é atribuída à leitura de alguns profissionais de que o "PAC Equipamentos", anunciado mais cedo pelo governo, pode não ser bom para a estatal e, pior, reforça, mais uma vez, a ingerência do governo na companhia. "No segmento da Petrobras, a indústria nacional não tem máquinas de qualidade e podem ser compradas com um preço maior do que as de qualidade superior. Privilegiar a indústria nacional não significa qualidade, pelo contrário", disse o profissional se referindo, especificamente, às máquinas usadas no segmento de atuação da Petrobras.

Vale também teve um dia de baixa, com o papel ON caindo 0,40% e o PNA cedendo 0,23%.

O pregão, entretanto, não foi só de perdas. As ações dos bancos terminaram em alta, refletindo a expectativa de que a inadimplência deva cair nos próximos meses. A ação do Bradesco subiu 1,57%, Itaú Unibanco ganhou 1,29% e Banco do Brasil ON avançou 0,80%.

Lá fora, a divulgação de indicadores econômicos positivos nos Estados Unidos ajudou as bolsas a fechar no azul. O mercado, porém, segue sem esperanças com a cúpula da União Europeia (UE) que acontece quinta e sexta-feira.

Em Nova York, o índice Dow Jones encerrou com ganho de 0,74%, o S&P 500 avançou 0,90% e o Nasdaq subiu 0,74%.

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