Objetivo: IPO poderia sair ainda neste ano (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 09h29.
São Paulo - O Grupo Objetivo, uma das maiores empresas de educação do Brasil, está se preparando para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e se unir a outras cinco empresas do setor de ensino na Bolsa brasileira. A operação, que pode movimentar R$ 1 bilhão, está sendo tratada com o Bank of America Merrill Lynch e o BTG Pactual, segundo fontes de mercado.
As conversas do Objetivo com bancos vêm avançando nos últimos dias. A companhia entende que precisa de dinheiro para partir para aquisições, como fizeram outros concorrentes.
Além da oferta local, paralelamente, a instituição de ensino estuda a possibilidade de realizar lançamento de ADRs em Nova York, que são os recibos de depósito norte-americanos, para representar ações de empresas estrangeiras.
A avaliação de uma fonte é de que o IPO poderia sair ainda neste ano, a depender das condições do mercado. No entanto, o mercado tem se mostrado desafiador para emissões de ações e, até o momento, nenhuma companhia abriu capital no Brasil.
Uma fonte afirma que o tamanho da oferta e o porte do grupo Objetivo, além das boas perspectivas para o setor no Brasil, poderiam atrair um forte interesse do investidor estrangeiro, conhecido por tornar viáveis as ofertas no mercado brasileiro.
Se confirmado o valor da oferta planejada, a emissão do Grupo Objetivo será muito superior às feitas por seus concorrentes já listados em Bolsa. O valor dos últimos IPOs no setor de educação foi bastante inferior ao patamar de R$ 1 bilhão.
O grupo Ser Educacional, que tinha antes da abertura de capital cerca de 76 mil alunos, levantou R$ 538 milhões com a oferta. O Anima Educacional, com 48 mil estudantes na época, captou R$ 468 milhões.
O Grupo Objetivo tem hoje colégios, sistema de ensino, curso pré-vestibular e ensino superior. A companhia é dona de uma das maiores universidades de São Paulo, a Universidade Paulista (Unip), que tem cerca de 250 mil alunos.
As fontes afirmam ainda que o Grupo Objetivo considera vender em separado para um investidor estratégico o negócio de cursinho, sistemas e colégios, mantendo apenas o ensino superior, mas essa possibilidade é aventada caso o IPO não vá em frente.
Para este negócio, os potenciais compradores são fundos de private equity. Há poucos dias, o fundo General Atlantic fechou a compra de uma participação minoritária na SAS (Sistema Ari de Sá), do Ceará, reforçando a perspectiva no mercado de que outros negócios do tipo surjam neste segmento.
Procurado, o Objetivo não comentou a informação até o fechamento da edição.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.