O mercado pós-pandemia na visão de analistas CFA em todo o mundo
Profissionais apontaram o que esperam em questões-chave para investimentos, como riscos inflacionários, correção das bolsas e sustentabilidade do crescimento
Da Redação
Publicado em 18 de julho de 2021 às 18h46.
Última atualização em 18 de julho de 2021 às 18h47.
Afinal, a inflação ainda pode ser passageira ou o fenômeno veio para ficar no médio prazo? Os recordes sucessivos das bolsas serão renovados ou uma correção está por vir? E a retomada da economia: ganha tração em 2022 ou os riscos de que a atividade perca o ritmo vão predominar e colocar fim ao crescimento em breve?
Essas são algumas das questões respondidas por uma amostra muito seleta: cerca de 6.000 profissionais que alcançaram uma das certificações mais altas do mercado financeiro, a Chartered Financial Analyst (CFA), e responderam à pesquisa enviada pelo CFA Institute sobre os mercados e a economia depois de um ano de pandemia.
Ao todo no mundo havia cerca de 170.000 profissionais com CFA, em 162 países. Ou seja, uma amostra representativa de 3,5% desse universo respondeu às perguntas em março sobre o que esperavam para a economia global e os mercados.
Veja abaixo as principais conclusões em 5 temas:
Retomada da economia
- 44% dos analistas acreditam em uma recuperação em forma da letra K, ou seja, com setores da economia apresentando performances distintas. Esse grupo supera os 32% que avaliam que a economia global está no caminho para uma recuperação completa das perdas provocadas pela pandemia;
Bolsas globais
- 43% dos profissionais disseram concordar que as bolsas nos países desenvolvidos se recuperaram rápido demais com os estímulos monetários e estão desconectados da economia real. Eles esperam uma correção em um período de 1 a 3 anos. No caso de mercados emergentes, essa visão é sustentada por 25%; só 7% e 10% dos analistas avaliam que as bolsas em desenvolvidos e emergentes, respectivamente, estão corretamente precificadas.
A ameaça da inflação
- Dois em cada três profissionais (65%) com CFA no mundo apontam que haverá pressões inflacionárias crescentes no período de 1 a 3 anos por causa de políticas monetárias acomodatícias aliadas a restrições no lado da oferta; desse grupo, 34% avaliam que, a despeito do aumento dos preços, os bancos centrais não vão adotar políticas restritivas, enquanto 31% acreditam que sim. Nesse ponto, profissionais da América Latina avaliam em sua maioria (34%) que isso vai acontecer.
Volatilidade nos mercados
- Metade dos analistas (48%) disse avaliar o aumento da volatilidade em meio aos efeitos da pandemia nos mercados não afetou de forma significativa a instituição financeira em que trabalha, enquanto 28% apontaram que ainda estão estudando como a volatilidade poderia impactar as estratégias de alocação de ativos. Outros 18% disseram que a maior volatilidade já alterou de forma significativa a estratégia de investimentos e alocação.
Heranças da pandemia
- Para 6 em cada 10 dos respondentes (58%), o principal legado da pandemia será o aumento estrutural dos gastos públicos, bancados pela elevação de impostos, com consequente transformação da dinâmica entre o poder público, a sociedade e o setor privado. Nessa questão, que permitiu respostas múltiplas, 40% dos analistas disseram que a ascensão de investimentos ligados à temática ESG (sigla em inglês para princípios ambientais, sociais e de governança) é o principal legado estrutural e que esses ativos vão dominar o mercado em até dez anos.
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