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O banco mais antigo do mundo retorna à bolsa

ÀS SETE - Depois de meses de vaivéns, o Monte dei Paschi di Siena, fundado em 1472, volta a ter suas ações negociadas na bolsa de Milão

Monte dei Paschi: a volta foi aprovada pelo órgão regulador na Itália e simboliza uma normalização nas operações do Monte
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2017 às 06h12.

Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 07h13.

Depois de meses de incerteza e vaivéns, o Monte dei Paschi di Siena, o banco mais antigo do mundo, fundado em 1472, volta a ter suas ações negociadas na bolsa de Milão. A volta foi aprovada pelo órgão regulador na Itália e simboliza uma normalização nas operações do Monte.

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Em dezembro do ano passado, as ações pararam de ser negociadas depois que o banco falhou em captar 5,3 bilhões de dólares de investidores privados. Depois disso, o governo da Itália disse que resgataria o banco em janeiro, o que foi aprovado pela Comissão Europeia em julho.

O Monte dei Paschi anunciou que em novembro submeterá balanço trimestral para aprovação, que irá digitalizar e simplificar suas atividades, fortalecer a administração de ativos, fechar agências e ramos de atuação e demitir cerca de 5.500 funcionário. Apesar disso, o caminho não deve ser fácil.

O sistema bancário da Itália é um dos mais fracos da Europa, com cerca de 200 bilhões de euros em títulos podres, depois de anos sofrendo com baixas taxas de juros, lucros baixos e um crescimento econômico muito pequeno no país. A crise bancária tem prejudicado o crescimento da Itália como um todo: é esperado que o país cresça somente 1% este ano, cerca de metade do crescimento médio do bloco e muito aquém de outras nações do bloco europeu.

Com a exceção da Grécia, a Europa não aprovava grandes resgates feitos por Estados desde a crise financeira global de 2008 e o movimento na Itália levanta medos políticos no continente sobre o uso de recursos públicos para socorrer instituições mal administradas.

Está em curso um debate no continente sobre uma reforma das instituições que compõem a Zona do Euro. O presidente francês Emmanuel Macron encabeça as discussões, clamando por uma “Europa mais integrada” e com “real soberania”.

Para tanto, ele propõe a criação de um ministério das Finanças europeu, um fundo monetário da Zona do euro e um orçamento separado para a região, além do já existente Banco Central.

A principal potência econômica da Europa, a Alemanha, cujo governo de Angela Merkel negocia uma nova coalizão com os liberais FDP, um partido que preza por austeridade fiscal, tem sido bastante reticente em aderir à pauta do francês.

O medo é que os reveses político-econômicos, como o resgate de instituições mal administradas, caso do Monte dei Paschi di Siena, caiam sobre as costas de todo o continente.

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