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Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 11h33.
Por Luciana Antonello Xavier
Nova York - O ceticismo que tomou conta de Wall Street após dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos (payroll) foi se dissipando aos poucos e as Bolsas de Nova York abriram esta sexta-feira em alta. Os números de hoje pareciam muito bons para ser verdade e o mercado ao que parece duvidou e levou tempo para analisar melhor os dados.
"O mercado reagiu mal por não estar acreditando muito nesses números", disse Ward McCarthy, economista-chefe da Jefferies & Co. à Agência Estado, minutos após a divulgação do resultado.
Às 12h31 (de Brasília), o Dow Jones subia 0,08% aos 11.706,39 pontos, o Nasdaq avançava 0,10% para 2.711,68 pontos e o S&P ganhava 0,09% para 1.274,98 pontos.
O Índice do Dólar, que pesa a moeda americana ante seis grandes rivais, virou após o resultado e caía 0,04%, a 80,775. O euro estava em queda a US$ 1,2964, de US$ 1,3020 no final da tarde de ontem.
Parece que adivinhando que viriam números bons, o presidente dos EUA, Barack Obama, deve comentar mais tarde o resultado de uma fábrica em Maryland.
De qualquer modo, números vindos do relatório de emprego ADP, da pesquisa Challenger e números de pedidos de auxílio-desemprego sinalizam uma melhora no mercado de trabalho, que foi confirmada hoje.
A taxa de desemprego caiu para 9,4%, o menor nível em 19 meses. O mercado esperava que ficasse em 9,7%, de 9,8% em novembro. A economia dos EUA criou 103 mil empregos em dezembro. O mercado esperava pela criação de 150 mil vagas, de apenas 39 mil em novembro.
Também o presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, fala hoje sobre políticas monetária e fiscal e perspectiva econômica em audiência, às 12h30 (de Brasília), na Comissão do Orçamento do Senado.
Na Europa hoje o clima é de muita preocupação com o mesmo tema de sempre: as dívidas soberanas em alguns países da zona do euro e aumentam os rumores de que Portugal e Espanha terão de oferecer yield (taxa de retorno) mais alto nos leilões de bônus que vão realizar na próxima semana.
No front corporativo, destaque para a fabricante de alimentos Sara Lee, que estaria decidida a dividir os negócios de carne e café em duas companhias depois de ter rejeitado oferta da brasileira JBS no mês passado, segundo The Wall Street Journal.
A rede de livrarias Borders estaria em conversas para aconselhamento para reestruturação com empresas como a Jefferies & Co. A Borders têm tido problemas em pagar fornecedores e tem buscado mudar os prazos de vencimentos.
Na China, reguladores aprovaram a joint venture do JPMorgan com a corretora First Capital Securities e do Morgan Stanley com a Huaxin Securities.
O Citigroup estaria buscando vender o CitiFinancial, segundo o Financial Times, num negócio de cerca de US$ 1 bilhão.