Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,01%, o Nasdaq ganhava 0,13% e o S&P 500 tinha alta de 0,02% (REUTERS/Brendan McDermid)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2013 às 11h34.
Nova York - Os índices futuros sinalizam uma abertura sem rumo claro nesta terça-feira. Enquanto espera pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, amanhã no Congresso, Wall Street monitora nesta terça-feira indicadores econômicos, como inflação e produção industrial.
Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,01%, o Nasdaq ganhava 0,13% e o S&P 500 tinha alta de 0,02%.
A produção industrial dos Estados Unidos subiu 0,3% em junho, depois de ficar estagnada em maio. O nível veio acima do esperado pelos economistas, que projetavam avanço de 0,2% na atividade manufatureira.
O setor industrial é o que tem registrado recuperação mais lenta quando comparado com outros segmentos da economia, como a construção civil e o consumo privado.
Nesta manhã, também foi divulgado o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de junho. O indicador teve alta de 0,5% ante maio, acima do previsto por Wall Street, que esperava aumento de 0,4%, puxado pela elevação dos preços de energia, sobretudo do gás.
Para o economista Dean Baker, do Center for Economic and Policy Research (Cerp), um centro de pesquisas e estudos econômicos de Washington, a alta de 0,2% no núcleo do CPI em junho, mesmo nível registrado em maio, sugere que não há pressão inflacionária neste momento nos EUA, apesar de haver alguns aumentos localizados de preços.
Após os dados de inflação e produção industrial, depois da abertura do mercado serão divulgados, às 11h (de Brasília) o índice de confiança do setor de construção civil. A expectativa dos economistas do banco BMO Capital Markets é que o indicador fique em 51 na primeira leitura de julho, abaixo dos 52 do mês passado, mas ainda acima do nível de 50.
A confiança no setor deve continuar elevada, em meio ao aumento da demanda e dos preços das residências. Mas a alta recente nas taxas das hipotecas, provocada pela expectativa de mudanças na política monetária do Fed, pode pesar no índice neste momento, com os construtores temendo uma possível queda futura na demanda por causa da alta do custo do crédito, avalia o BMO.
Entre os dirigentes do Fed, quem fala hoje é a presidente do Federal Reserve de Kansas City, Esther George, às 15h15 (de Brasília). A dirigente é conhecida por ser voto dissidente nas reuniões deste ano do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Ela é contra as compras de ativos para estimular a economia e, em declaração feita no mês passado, disse que o mercado ficou viciado em dinheiro barato.
No noticiário corporativo, o dia está cheio de balanços corporativos de grandes empresas, que inclui Coca-Cola, Johnson & Johnson e Yahoo. No setor financeiro, o destaque é o Goldman Sachs, que divulgou lucro de US$ 1,93 bilhão no segundo trimestre, o dobro do mesmo período do ano passado.
Um dos destaques para o aumento dos ganhos foi o crescimento de 29% nas receitas do banco de investimento. No pré-mercado, o papel subia 0,63%.
Já a Coca Cola divulgou queda de 4% no lucro do segundo trimestre, para US$ 2,68 bilhões. As receitas ficaram em US$ 12,75 bilhões, redução de 3% ante o mesmo trimestre de 2012.
O resultado veio abaixo do esperado pelo mercado e, em uma nota à imprensa, o presidente da companhia, Muhtar Kent, disse que os números também vieram piores do que a empresa esperava, por conta do cenário global mais desafiador.
A ação da companhia recuava 2,93% no pré-mercado. Ainda nos balanços trimestrais, a Yahoo! divulga seus números após o fechamento do mercado. A previsão dos especialistas é que o lucro cresça 11%, para US$ 0,30 por ação.