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NY deve abrir em queda após PIB ruim da Europa e Japão

Nos EUA, o único indicador do dia são os pedidos de auxílio-desemprego referentes à semana passada, que vieram melhores que o esperado


	Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,34%, o Nasdaq tinha baixa de 0,41% e o S&P 500 perdia 0,30%
 (Getty Images)

Bolsa de Nova York: às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,34%, o Nasdaq tinha baixa de 0,41% e o S&P 500 perdia 0,30% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 12h32.

Nova York - Os índices das bolsas norte-americanas operam em queda nesta quinta-feira e sinalizam uma abertura também com perdas. O pessimismo no início dos negócios em Wall Street é reflexo dos fracos desempenhos das economias da Europa e do Japão.

Às 12h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,34%, o Nasdaq tinha baixa de 0,41% e o S&P 500 perdia 0,30%.

Nos EUA, o único indicador do dia são os pedidos de auxílio-desemprego referentes à semana passada, que vieram melhores que o esperado e ajudaram a atenuar um pouco a queda dos índices futuros. Os dados divulgados mostram que esses pedidos caíram em 27 mil até 9 de fevereiro, para 341 mil. A expectativa dos economistas era que o número ficasse em 360 mil.

Para os economistas do Bank of America Merrill Lynch, dados de janeiro do Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) sugerem que as empresas estão contratando mais mão de obra neste começo do ano e a queda dos pedidos de auxílio-desemprego pode ser um indício deste movimento, destacam em um relatório.

Ainda nos EUA, os investidores devem monitorar nesta quinta-feira a audiência que o diretor do Federal Reserve (Fed) Daniel Tarullo fará no Senado, às 13h30 (de Brasília).

O Comitê Bancário da casa realiza uma sessão para discutir a reforma do setor financeiro e a estabilidade dos bancos. Relatórios de bancos e corretoras destacam que as ações do setor financeiro, não só nos EUA, mas também na Europa, podem eventualmente ser influenciadas por declarações do diretor na audiência.

Tarullo propôs no ano passado que o Fed adotasse medidas mais rígidas para bancos estrangeiros que operam nos EUA. Em dezembro, o Fed soltou um esboço do projeto, que deve exigir que os bancos estrangeiros adotem as mesmas regras de capital dos bancos norte-americanos.


No Japão, os dados divulgados na noite de quarta-feira sobre o encolhimento da economia no quarto trimestre surpreenderam os especialistas. O economista-chefe da consultoria Markit, Chris Williamson, esperava ao menos alguma expansão da economia, mas, para ele, os números do primeiro trimestre de 2013 virão melhores, como sugerem estatísticas da indústria e serviços que vêm sendo divulgadas nas últimas semanas, já com números de janeiro, destacou o economista em um comentário enviado a clientes.

Na Europa, as quedas do Produto Interno Bruto (PIB) eram esperadas, mas vieram maiores que o previsto. No caso da zona do euro, o recuo foi de 0,6% no quarto trimestre, ante expectativa de 0,4% dos economistas. "Os números mostram uma piora da recessão, após a queda de 0,1% do PIB no terceiro trimestre", destaca Williamson, da Markit.

No noticiário corporativo dos EUA, o dia é marcado pelo anúncio de megafusões e aquisições de empresas. O destaque do pré-mercado é o papel da empresa de alimentos Heinz. Os papéis subiam 19,71% após a companhia anunciar que aceitou ser adquirida pelos fundos de private equity Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, e o 3G Capital em um negócio de US$ 28 bilhões.

Já as companhias aéreas American Airlines e US Airways anunciaram nesta manhã planos formais para um fusão, que vinham sendo alvo de rumores em Wall Street há mais de um ano. O objetivo é criar a maior companhia aérea dos EUA. A AA pediu falência a uma corte norte-americana em novembro de 2011. No pré-mercado, o papel da AMR Corp, holding que controla a AA, subia 3,59%. A ação da US Airways tinha alta de 2,73%.

Outro destaque do dia é a possível venda de parte da divisão de publicações do grupo Time Warner, segundo noticiou o The New York Times citando fontes a par das conversas. Pelo acordo que se desenha, o grupo Time Warner continuaria com as revistas de notícias, como Time e Fortune, e venderia as de entretenimento, como People, além de publicações voltadas para o público feminino.

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