Mercados

Novo cenário da inflação entra no foco dos investidores

Mercado já aguarda que índices reflitam arrefecimento da inflação

Índices de preços internos são o destaque da  agenda de indicadores econômicos da primeira semana de agosto (.)

Índices de preços internos são o destaque da agenda de indicadores econômicos da primeira semana de agosto (.)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2010 às 18h21.

São Paulo - Os números dos índices de preços internos devem protagonizar mais uma vez as atenções dos investidores na primeira semana de agosto. Uma provável mudança no ciclo de aperto de juros, discutida por especialistas após a divulgação da Ata do Copom esta semana, leva os holofotes para o IPC-S, divulgado às 8 horas da segunda-feira (2); o IPC-Fipe, às 5 horas da terça-feira (3),  o IGPD-I,  às 8 horas da quinta-feira(5),  e o IPC-A, às 9 horas da sexta-feira (6).

"Conforme o próprio Banco Central já deixou entrever, a expectativa do mercado é de arrefecimento nos índices de inflação. O novo cenário é de desaceleração, refletindo a política conservadora do Copom. No máximo haverá um soluço de alta em um índice ou outro, mas ligada a setores específicos", expõe João Luiz Picione, analista de investimentos da corretora Petra.

Outro destaque nacional são os números da produção industrial para o mês de junho na terça-feira (3). "A expectativa é de retração no setor e redução da atividade em relação ao mês anterior, o que já foi antecipado pelos números de sondagem da indústria", complementa Picione.

A agenda de índices nacionais trará ainda a balança comercial do mês de julho na segunda-feira (2) às 11 horas, a exportação, venda e produção de veículos em julho na quinta-feira (5) às 10h30.

Calendário internacional

A semana americana traz como destaque os dados do mercado de trabalho, que ganham atenção extra diante do resultado abaixo do esperado para o PIB dos Estados Unidos, divulgado nesta sexta-feira (30). A expectativa é de pouco ou nenhum crescimento na criação de empregos, alinhado com o momento de limitação na economia do país, expõe o economista Silvio Campos Neto, do banco Schahin. "Os dados de emprego devem refletir o momento modesto americano, ainda não plenamente recuperado da crise econômica", explica.

Formam os dados de mercado de trabalho os pedidos de auxílio desemprego, anunciados na quinta-feira (5) às 9h30; taxa de desemprego, ganhos por hora, salários e horas trabalhadas por semana e o número de empregos criados no período, divulgados às 9h30 da sexta-feira (6).

De acordo com o economista,  a divulgação dos números da indústria e serviços também podem repercutir nos pregões ao longo da semana. De acordo com o site Briefing.com, as encomendas à indústria em junho devem desacelerar sua queda para 0,5%, ante baixa de  1,4% no mês anterior. A divulgação é aguardada para a terça-feira (3) às 11 horas de Brasília. Já no setor de serviços, o ISM Services (evolução da atividade não-industrial) de junho tem consenso de leve alta para 53,8 pontos, ante 53 pontos no mês anterior, ainda segundo dados do portal Briefing.com.

A agenda americana terá também os gastos na construção, na segunda-feira (2) às 11  horas de Brasília e  dados de renda e gastos pessoais terça-feira (3) às 9h30.

Na Zona do Euro, o destaque vai para a taxa de juros do Banco Central Europeu, divulgada às 8h45 da quinta-feira (5).
 

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