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Novo acordo de acionistas pode aumentar liquidez da Vivara (VIVA3)

Texto reduz de 57,9% para 37,9% o percentual das ações vinculadas

Vivara: novo acordo de acionistas deve aumentar liquidez das ações (Vivara/Divulgação)
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Raquel Brandão

Publicado em 13 de outubro de 2022 às 13h25.

O novo acordo de acionistas da Vivara (VIVA3) traz risco negativo para ação, mas o potencial de aumento de liquidez também pode animar os investidores, segundo analistas que acompanham o papel.

O novo acordo de acionistas reduz de 57,9% para 37,9% o percentual das ações vinculadas. Ele também passa a valer por 15 anos e não mais por cinco anos, além de ter renovação automática por 10 anos.

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Pelo acordo, Márcio Kaufman, que é filho do fundador Nelson Kaufman e ex-CEO da Vivara, passa a ter 12,25% do capital da empresa livres para a venda. Outros 2% seguem vinculados ao acordo de acionistas. A irmã, Marina Kaufman fica com 0,75% do capital desvinculado do acordo, e o CEO Paulo Kruglensky, 0,2%.

Com o acordo, o ex-CEO da Vivara transferiu 5% do capital social para o pai, fatia que ficou desvinculada do acordo, mas para a qual há um lock-up de 2 anos para a venda. A partcipação dele passa de 20% do capital social para 2%. A fatia de Márcio Kaufman também está submetida a um lock-up enquanto Nelson Kaufman permanecer como acionista. E, por fim, há umlock-up geral para as ações vinculadas de Nelson, Marina e Paulo Kruglensky durante o prazo do acordo.

Para a equipe de análise da XP Investimentos, é preciso notar o "potencial evento de liquidez à vista" para os papéis da Vivara. Atualmente, o free float da Vivara está em 42,1% do capital, e a liquidez diária do papel gira em torno de R$ 26 milhões, o que é um dos "principais desconfortos dos investidores" com a tese de investimento. A XP recomenda compra da ação.

"Vemos o movimento como positivo no médio e longo prazos, com a liquidez do papel aumentando, apesar de enxergamos uma pressão na cotação no curto prazo pelo 'overhang'", escrevem os analistas da Eleven. "No que tange à governança a Eleven continuará monitorando de perto toda e qualquer mudança significativa na gestão da Vivara que possa influenciar na nossa recomendação", acrescentam, mantendo a recomendação de compra.

A Vivara também estabeleceu novas regras para a venda das ações que não fazem mais parte do acordo de acionistas. Se a venda superar R$ 500 milhões, terá que ser feita por meio de um follow-on. Uma venda entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões pode acontecer por um block trade ou um follow-on. Se for menor que R$ 100 milhões, deverá ser restrita a 15% da liquidez diária da ação.

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