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Nova York fecha em alta, nas máximas da sessão

Segundo o trader da Virtu Financial Matthew Cheslock, os movimentos desta sexta-feira foram mais técnicos


	Os mercados tiveram fortes movimentos nas últimas semanas, à medida que os investidores tentam determinar quando o Fed pode reduzir as compras mensais de bônus
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Os mercados tiveram fortes movimentos nas últimas semanas, à medida que os investidores tentam determinar quando o Fed pode reduzir as compras mensais de bônus (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2013 às 18h07.

Nova York - As bolsas de Nova York fecharam nesta sexta-feira em alta, nas máximas da sessão, principalmente por causa de movimentos técnicos, de acordo com analistas.

O dia foi volátil, com os índices iniciando em rali, migrando para o território negativo depois do relatório de emprego dos Estados Unidos e se recuperando na sequência. No início da tarde, o Dow Jones saltou quase 60 pontos em cinco minutos e, no fim da sessão, os três índices acentuaram os ganhos. Os investidores ainda digerem a sólida criação de empregos em junho nos EUA, em meio às expectativas de que o resultado positivo motivará o Federal Reserve (Fed, o banco central do país) a diminuir os estímulos monetários.

O índice Dow Jones subiu 147,29 pontos (0,98%) e fechou a 15.135,84 pontos, a 1,8% do nível recorde. Na semana, a valorização foi de 1,52%. O S&P 500 ganhou 16,48 pontos (1,02%), encerrando a 1.631,89 pontos e subindo 1,59% na semana. O Nasdaq avançou 35,71 pontos (1,04%) e fechou a 3.479,38 pontos. O índice teve alta de 2,24% na semana.

Em junho, os norte-americanos criaram 195 mil empregos, bem mais que os 160 mil novos postos de trabalho previstos por analistas consultados pela Dow Jones Newswires. Além disso, houve revisão do número combinado de maio e abril, que mostrou um acréscimo de 70 mil vagas criadas em relação à estimativa original. A taxa de desemprego, que tem um peso menor que a criação ou eliminação de vagas, ficou em 7,6% em junho, inalterada ante a de maio, mas acima de previsão de uma taxa de 7,5%.


Mas, segundo o trader da Virtu Financial Matthew Cheslock, os movimentos desta sexta-feira foram mais técnicos. Cheslock disse não estar surpreso com a volatilidade, uma vez que o volume de negociação está relativamente baixo após o feriado do Dia da Independência, nesta quinta-feira, 4. "Sempre vemos esses movimentos em dias de pouco volume. Simplesmente, não existe muito compromisso de comprar ou vender agora", afirmou.

Os investidores observam com atenção os dados de emprego, que são elemento fundamental na decisão do Fed de reduzir estímulos.

Os mercados tiveram fortes movimentos nas últimas semanas, à medida que os investidores tentam determinar quando o Fed pode reduzir as compras mensais de bônus.

"Estamos um passo mais perto da redução de estímulos", disse Mark Freeman, do Westwood Holdings Group. Conforme Freeman, o mercado de ações está, "finalmente, se acostumando" à ideia de que "boas notícias são boas". No noticiário corporativo, as ações da Dell foram o destaque negativo, fechando em queda de 2,10% após informações de que Michael Dell e a Silver Lake Partners não elevarão a oferta de US$ 24,4 bilhões pela companhia. Já a Apple recuou 0,8% enquanto a Hewlwtt-Packard ganhou 1,6%. American Express (+2,32%) e JPMorgan Chase (+2,31%) lideraram os ganhos do Dow Jones.

Na Europa, onde predominou a visão de que o relatório positivo sobre o mercado de trabalho americano motivará uma redução de estímulos do Fed, as bolsas fecharam em queda. A Bolsa de Frankfurt liderou as perdas, recuando 2,36%. Paris caiu 1,46%, Londres perdeu 0,72% e Milão teve desvalorização de 1,74%.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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