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Não confie no Twitter quando o assunto é mercado, diz analista

Especialistas discutem o risco de basear as decisões de investimento em mensagens do microblog

Twitter pode ajudar (ou atrapalhar muito) os investimentos (David McNew/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2012 às 06h00.

São Paulo – Se uma companhia é muito bem falada em redes sociais como o Twitter e Facebook , sinal que suas ações vão subir, certo? Não necessariamente. Enquanto uma série de pesquisas mostra que os comentários gerados em redes sociais podem ser um bom termômetro para os investimentos, uma reportagem da CNBC alerta para o risco de comprar papéis populares no mercado.

Mike Driscoll, um ex-trader de Wall Street e professor da Universidade Adelphi, em Nova York, compara a compra de ações com base nas redes sociais com a negociação de papéis feitas a partir de comentários em fóruns informais da internet, movimento que ganhou força no final dos anos 1990. “Não vejo como isso pode ser diferente”, resume.

Recentemente, um novo estudo sobre o assunto foi apresentado nos Estados Unidos. A partir de uma estratégia de análise automática das mensagens no Twitter, os pesquisadores conseguiram um retorno negativo de 2,4% em sua carteira entre março e junho de 2010, período no qual o índice Dow Jones caiu 4,2%.

Antes disso, no final de 2010, foi divulgado um dos primeiros estudos completos sobre o assunto. Johan Bollen e Huina Mao, da University Bloomington, de Indiana, afirmaram que as mensagens no Twitter poderiam prever o movimento de um papel com uma precisão de 86,7% e quatro dias de antecedência. O estudo foi vendido para uma gestora em Londres que queria utilizar a ferramenta para montar um fundo baseado nos sinais do Twitter.

Com essa descoberta, os pesquisadores, provavelmente estariam ricos hoje. Provavelmente, ganharam um bom dinheiro vendendo a pesquisa, mas não no mercado de ações. Em entrevista para a CNBC, Johan Bollen disse que nenhum dos pesquisadores está pronto para abandonar seu emprego ainda. “O que as pessoas esquecem é que os 86,7% de precisão podem ser verdade, mas você pode perder todo seu dinheiro nos 13% ou 15% de previsões erradas”, disse.

Portfólio social

Usar as redes sociais para prever o desempenho de uma ação pode não ser uma boa ideia. Mas quando o objetivo é simplesmente compartilhar com os amigos suas apostas no mercado financeiro, a internet pode facilitar isso.

Duas corretoras online nos Estados Unidos lançaram ferramentas que permitem o compartilhamento em tempo real de suas compras e vendas de papéis.

A 8 Securities bolou uma ferramenta onde uma rede de investidores pela empresa conta sobre suas compras. Os seguidores podem, automaticamente, consultar o portfólio do amigo e saber como andam as apostas.

A Zecco, por sua vez, foi mais longe e criou um aplicativo para compartilhar o ato de compra e venda de papéis em sua página no Facebook.

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São Paulo – Se uma companhia é muito bem falada em redes sociais como o Twitter e Facebook , sinal que suas ações vão subir, certo? Não necessariamente. Enquanto uma série de pesquisas mostra que os comentários gerados em redes sociais podem ser um bom termômetro para os investimentos, uma reportagem da CNBC alerta para o risco de comprar papéis populares no mercado.

Mike Driscoll, um ex-trader de Wall Street e professor da Universidade Adelphi, em Nova York, compara a compra de ações com base nas redes sociais com a negociação de papéis feitas a partir de comentários em fóruns informais da internet, movimento que ganhou força no final dos anos 1990. “Não vejo como isso pode ser diferente”, resume.

Recentemente, um novo estudo sobre o assunto foi apresentado nos Estados Unidos. A partir de uma estratégia de análise automática das mensagens no Twitter, os pesquisadores conseguiram um retorno negativo de 2,4% em sua carteira entre março e junho de 2010, período no qual o índice Dow Jones caiu 4,2%.

Antes disso, no final de 2010, foi divulgado um dos primeiros estudos completos sobre o assunto. Johan Bollen e Huina Mao, da University Bloomington, de Indiana, afirmaram que as mensagens no Twitter poderiam prever o movimento de um papel com uma precisão de 86,7% e quatro dias de antecedência. O estudo foi vendido para uma gestora em Londres que queria utilizar a ferramenta para montar um fundo baseado nos sinais do Twitter.

Com essa descoberta, os pesquisadores, provavelmente estariam ricos hoje. Provavelmente, ganharam um bom dinheiro vendendo a pesquisa, mas não no mercado de ações. Em entrevista para a CNBC, Johan Bollen disse que nenhum dos pesquisadores está pronto para abandonar seu emprego ainda. “O que as pessoas esquecem é que os 86,7% de precisão podem ser verdade, mas você pode perder todo seu dinheiro nos 13% ou 15% de previsões erradas”, disse.

Portfólio social

Usar as redes sociais para prever o desempenho de uma ação pode não ser uma boa ideia. Mas quando o objetivo é simplesmente compartilhar com os amigos suas apostas no mercado financeiro, a internet pode facilitar isso.

Duas corretoras online nos Estados Unidos lançaram ferramentas que permitem o compartilhamento em tempo real de suas compras e vendas de papéis.

A 8 Securities bolou uma ferramenta onde uma rede de investidores pela empresa conta sobre suas compras. Os seguidores podem, automaticamente, consultar o portfólio do amigo e saber como andam as apostas.

A Zecco, por sua vez, foi mais longe e criou um aplicativo para compartilhar o ato de compra e venda de papéis em sua página no Facebook.

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