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Na contramão do petróleo: Petrobras afunda 4% após saída de conselheiros

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) afundam cerca de 4% nesta quarta-feira, 3, na contramão dos preços do petróleo no exterior, após saída de quatro membros do conselho da companhia. Com o movimento, os papéis aparecem neste momento entre as maiores quedas do Ibovespa nesta tarde. O pedido feito por quatro membros do conselho da […]

Um trabalhador caminha dentro da plataforma petrolífera Petrobras P-66 no offshore da Bacia de Santos no Rio de Janeiro, Brasil, em 5 de setembro de 2018. (Pilar Olivares/Reuters)
PB

Paula Barra

Publicado em 3 de março de 2021 às 12h13.

Última atualização em 3 de março de 2021 às 12h15.

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) afundam cerca de 4% nesta quarta-feira, 3, na contramão dos preços do petróleo no exterior, após saída de quatro membros do conselho da companhia. Com o movimento, os papéis aparecem neste momento entre as maiores quedas do Ibovespa nesta tarde.

O pedido feito por quatro membros do conselho da empresa para que não sejam reconduzidos na próxima eleição do colegiado é "bastante negativo", avalia o estrategista-chefe da Guide Investimentos, Luis Sales.

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"A saída é bastante negativa à medida que aumenta ainda mais as incertezas do mercado com relação a questões internas da companhia", comentou.

Ele acrescenta que esses conselheiros davam aos investidores maior segurança em relação à sequência da política de preços, portanto, o pedido agora é enxergado como mais um fator de risco para o investimento na empresa.

Ontem, a estatal informou que os conselheiros João Cox Neto, Nivio Ziviani, Paulo Cesar de Souza e Silva e Omar Carneiro da Cunha Sobrinho pediram para deixar os postos de conselheiros da companhia. Os quatro são indicados pelo governo, acionista controlador da petroleira.

O movimento dos papéis da Petrobras hoje vai em direção oposta aos preços do petróleo no mercado internacional. Os contratos do petróleo Brent, negociados em Londres e usados como referência pela estatal, subiam 1,26% nesta sessão, indo para 63,49 dólares a tonelada.

A alta ocorre em meio à notícia da Reuters de que os membros da Opep+ estão considerando, em reunião que teve início hoje e encerra amanhã, prorrogar os cortes na produção da commodity de março para abril, ao invés de elevar a oferta, enquanto sinais de progresso na vacinação contra o coronavírus nos Estados Unidos dão suporte adicional aos preços da commodity.

 

 

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