Morgan Stanley: um dos principais bancos de investimento dos Estados Unidos (Shannon Stapleton/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2022 às 09h05.
Última atualização em 6 de junho de 2022 às 09h08.
O coro pessimista sobre o futuro da economia global ganhou mais um representante de peso: Ted Picks, vice-presidente do Morgan Stanley, um dos principais bancos de investimento dos Estados Unidos.
Os motivos, para Picks, estão claros. "É um momento extraordinário. Temos nossa primeira pandemia em 100 anos, a primeira invasão na Europa em 75 anos e a primeira inflação global em 40 anos", afirmou Ted Picks em evento em Nova York na última semana, segundo a CNBC. A combinação dos fatores, disse, "sinaliza uma mudança de paradigma" e o fim de uma era de estímulo monetário.
A nova era, segundo Picks, será de taxas de juros acima da inflação e riscos adicionais ao mercado de ações. "Faz muito tempo que tivemos que considerar como é um mundo com taxas de juros reais e custo real de capital que distinguirão empresas vencedoras de empresas perdedoras, ações vencedoras de ações perdedoras"
Mas a mudança de paradigma não será do dia para noite, disse Picks, devendo levar entre 12 e 24 meses.
As declarações do vice-presidente do Morgan Stanley vão de encontro com a maior cautela de alguns dos principais nomes de Wall Street.
O presidente do J.P. Morgan, Jamie Dimon, chegou a alertar para a chegada de um "furacão" na economia global na última semana. No início do mês o ex-presidente do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, falou em um risco "muito, muito alto" de recessão nos Estados Unidos.
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