Mercados

Moody’s corta Cruzeiro do Sul para “altamente especulativo"

Agência tem dúvidas sobre a recapitalização e o sucesso da oferta lançada pelo FGC

Os 10 maiores calotes (Reprodução)

Os 10 maiores calotes (Reprodução)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h05.

São Paulo – A Moody’s rebaixou o rating do combalido banco Cruzeiro do Sul (CZRS4) de Caa1 para Ca, considerado um nível “altamente especulativo”. De acordo com a nota distribuída pela agência de classificação de risco, a mudança reflete a oferta menor do que a esperada lançada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) pela dívida de 5,66 bilhões de reais do banco em circulação no mercado.

O desconto para o valor nominal dos papéis ficará entre 39% e 74% dependendo do vencimento, tamanho e relevância de cada um. A analista Ceres Lisboa, que assina a análise, explica que o corte incorpora as incertezas sobre a recapitalização e a potencial liquidação caso a oferta não obtenha sucesso. A perspectiva das notas continua negativa.

Confiança

Os detentores de títulos estão prevendo que a instituição será liquidada depois que a oferta do Fundo Garantidor de Créditos impôs perdas maiores que as previstas pelo mercado, mostram dados colhidos pela Bloomberg. Os títulos com vencimento em 2016 caíram 9,625 centavos ontem, para 47,375 centavos de dólar, ou 8,625 centavos abaixo da oferta de 56 centavos feita aos credores que aderirem até 28 de agosto.

A diferença de preço mostra que os detentores de dívida do banco estão preocupados que o FGC, que assumiu o banco desde a intervenção em junho, não conseguirá obter os 90 por cento de aceitação necessários para a recompra, um obstáculo que levaria o banco à liquidação.

Acompanhe tudo sobre:B3Banco Cruzeiro do SulBancosBancos quebradosbolsas-de-valoresEmpresasFGC

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado