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Moody's estuda rebaixar a classificação do grupo Repsol

Segundo a agência, a compra por 2,5 bilhões de euros de 10% de suas próprias ações que estavam em mãos da Sacyr reduzirá a flexibilidade financeira global do grupo

Campo de extração petrolífera da Repsol: o grupo petroleiro estuda agora revender esses 10% a investidores institucionais e/ou investidores estratégico (Wikimedia Commons)

Campo de extração petrolífera da Repsol: o grupo petroleiro estuda agora revender esses 10% a investidores institucionais e/ou investidores estratégico (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2011 às 08h34.

Madri - A agência de classificação financeira, Moody's, anunciou nesta quinta-feira que estuda a possibilidade de rebaixar a nota "Baa1" do grupo petroleiro espanhol Repsol, após a compra por 2,5 bilhões de euros de 10% de suas próprias ações que estavam em mãos da Sacyr.

"O grupo Repsol conta com 9,4 bilhões de euros em liquidez (dos quais 4,5 bilhões são relativos à tesouraria e o restante em linhas de créditos autorizados) e esta compra reduzirá sua flexibilidade financeira global", disse a agência em um comunicado.

Asfixiada por uma dívida gigantesca, a construtora Sacyr vendeu metade das ações que possuia da Repsol para a própria petroleira, numa operação de 2,572 bilhões de euros.

O preço por ação negociado entre as empresas, de 21,066 euros, significa uma redução de 5% com relação ao fechamento de segunda-feira.

O grupo petroleiro estuda agora revender esses 10% a investidores institucionais e/ou investidores estratégicos, e afirmou que uma parte dessas ações pode ser utilizada como fórmula de remuneração de acionistas.

Segundo a Moody's, no entanto, o futuro da empresa é incerto devido às difíceis perspectivas macroeconômicas e à volatilidade que domina os mercados de capital atualmente.

Às 09H13 GMT (08H13 de Brasília), os papeis da Repsol subiam 0,55% na Bolsa de Madri, cotados aos 22,965 euros.

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