Oportunidades internacionais (Thinkstock/Thinkstock)
Agência Brasil
Publicado em 3 de julho de 2019 às 19h25.
Última atualização em 4 de julho de 2019 às 11h44.
Para gestores globais de recursos, a relação risco-recompensa favorece a compra de ações de mercados emergentes.
Além do crescimento econômico mais forte e valuations atraentes, muitos argumentos sustentam a visão de que os investidores deveriam ter aumentado sua exposição às ações de países em desenvolvimento neste ano. Mas o mercado hesitou devido a uma preocupação relevante: a guerra comercial entre Estados Unidos e China ameaçava os lucros corporativos.
No entanto, o clima de cautela começa a se dissipar. Depois de seis meses rebaixando as projeções para empresas de mercados emergentes, analistas fizeram uma pausa e começaram a melhorar as estimativas de lucro em junho, no maior número desde janeiro de 2018. De fato, as previsões subiram em 18 dos últimos 23 dias, sugerindo que a tendência é duradoura.
O ritmo dos aumentos nas projeções de lucro superou o dos mercados desenvolvidos - um sinal de crescente confiança de que empresas de mercados emergentes podem lidar com o impacto de uma desaceleração global melhor do que os países ricos.
Os investidores já perceberam a mudança. O índice de referência MSCI Emerging Markets está a caminho do sexto ganho semanal, e os investidores de fundos negociados em bolsa aumentaram as apostas nas últimas duas semanas, encerrando um período de saques de sete semanas.
O ganho de 9,2% no índice MSCI de mercados emergentes nos primeiros seis meses do ano veio aos trancos e barrancos. Mas, se a melhora das estimativas de lucro servir como guia, o segundo trimestre pode mostrar uma recuperação mais duradoura, especialmente em um mercado global com ativos de rendimento negativo e valor cada vez menor de ações de mercados desenvolvidos.